Membros da oposição confirmaram na manhã desta sexta-feira (9) a realização de mais um protesto contra o governo do Presidente Jair Bolsonaro. De acordo com eles, a nova manifestação vai acontecer no próximo dia 24 de julho em todas as capitais do país. Entre as reivindicações, está o aumento no valor do Auxílio Emergencial.
Esta vai ser portanto a quarta movimentação nacional de rua pedindo um crescimento nos valores do programa. Os manifestantes pretendem continuar pedindo para que o Governo suba o patamar de pagamentos para a casa do R$ 600. Esse foi o valor que o próprio Palácio do Planalto chegou a pagar nos primeiros repasses de 2020.
Agora em 2021, no entanto, o cenário mudou muito. De acordo com o Ministério da Cidadania, os valores do benefício este ano variam entre R$ 150 e R$ 375. São montantes portanto notadamente mais baixos do que aqueles do ano passado. Além disso, a quantidade pessoas que recebem o dinheiro do programa também caiu.
Ainda de acordo com o Ministério, o Governo Federal chegou a pagar o Auxílio no ano passado para quase 70 milhões de brasileiros. Agora, o número chega perto de 40 milhões. O que quer dizer portanto que cerca de 30 milhões de cidadãos perderam o benefício. Muitos deles afirmam que foram tirados injustamente do programa.
Alguns deputados de oposição possuem ideias diferentes para o futuro do Auxílio Emergencial. Há quem deseje que o programa siga pagando parcelas de R$ 600 até o fim da pandemia. Outros partidos, no entanto, afirmam que o ideal seria transformar o projeto em algo fixo para quase metade da população brasileira.
De acordo com o Governo Federal, há um reconhecimento dentro do Palácio do Planalto de que os valores do Auxílio Emergencial são baixos. O próprio Presidente Jair Bolsonaro disse isso em diversas entrevistas nos últimos meses.
No entanto, o próprio chefe do executivo afirma que o país não pode pagar mais do que isso. De acordo com ele, e com membros do Ministério da Economia, eles precisam respeitar o limite de gastos públicos.
A grande questão é que foi o próprio Governo que inseriu o teto de gastos públicos neste momento. A PEC Emergencial que cria um limite de R$ 44 bilhões foi uma exigência do Ministro da Economia, Paulo Guedes ainda há alguns meses atrás.
No próximo dia 24 de julho, os manifestantes não irão para as ruas apenas para pedir o aumento no valor do Auxílio Emergencial. Eles também deverão seguir pedindo pelo impeachment do Presidente Jair Bolsonaro.
Os protestos começaram a ficar maiores desde que começaram a surgir denúncias de que o Governo teria atrasado a compra de vacinas no ano passado. Nas manifestações, eles pedem também a aceleração no processo de vacinação contra a Covid-19.
O Planalto não costuma comentar essas manifestações de maneira oficial. Em entrevistas, o Presidente Jair Bolsonaro costuma dizer que poucas pessoas estão participando desses protestos contra o seu Governo neste momento.