Economia

Onda de calor impulsiona consumo de energia no Brasil

O mês de setembro de 2023 trouxe uma onda de calor avassaladora para o Brasil, fazendo com que o consumo de energia no país atingisse números surpreendentes.

Onda de calor impulsiona consumo de energia no Brasil

De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o aumento na demanda de energia foi o mais expressivo desde 2021, registrando um crescimento de mais de 6% em relação ao mesmo período de 2022. Entenda os fatores por trás desse aumento significativo no consumo de energia, bem como suas implicações em diferentes estados e setores.

Aumento expressivo na demanda de energia

Segundo o fechamento do balanço da CCEE, o consumo de energia elétrica no Brasil atingiu a marca de 68 mil megawatts médios em setembro de 2023, representando um impressionante salto de 6,2% em comparação com setembro de 2022.

Desse modo, para encontrar um aumento comparável, precisamos voltar a junho de 2021, quando o país experimentou um crescimento de 8,5%, refletindo o relaxamento das restrições da pandemia de Covid-19.

O papel da onda de calor

A principal causa desse aumento na demanda de energia foi a onda de calor que varreu o país no mês passado. Com temperaturas elevadas, os consumidores recorreram ao uso intensivo de ar-condicionado em residências, supermercados, centros de comércio e serviços, visando manter o conforto térmico. O resultado foi um aumento significativo no consumo de eletricidade.

Variações regionais

O aumento na demanda de energia não foi uniforme em todo o país. Contudo, alguns estados experimentaram crescimentos impressionantes, como o Maranhão, que registrou um aumento de 21,8%, o Rio de Janeiro, com 18,6%, e o Acre, com 18,3%.

No entanto, dois estados apresentaram quedas no consumo: o Amapá, com uma redução de 57,8%, e o Rio Grande do Norte, com -2,1%. São Paulo, um dos estados mais populosos do país, teve um aumento de 5,3% no consumo de energia, refletindo o impacto da onda de calor em uma área densamente povoada.

Setor regulado vs. mercado livre

Do total de energia elétrica consumida pelo Brasil em setembro, 43 mil megawatts médios foram utilizados pelo mercado regulado, que inclui consumidores residenciais. Este setor experimentou um impressionante aumento de 8,2% na demanda de energia.

Por outro lado, o mercado livre, composto por clientes de alta tensão, como shoppings e indústrias, representou 25 mil megawatts médios de consumo total. Nesse setor, houve um acréscimo de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Certamente, a onda de calor que atingiu o Brasil em setembro de 2023 teve um impacto significativo no consumo de energia elétrica. Com temperaturas elevadas, os brasileiros recorreram ao uso de ar-condicionado e outros dispositivos para se manterem confortáveis, resultando em um aumento de mais de 6% na demanda de energia em comparação com o ano anterior.

Enquanto alguns estados registraram aumentos notáveis, outros viram quedas na demanda, destacando a complexidade desse desafio energético. Em suma, o setor regulado e o mercado livre também foram afetados de maneira diferente, demonstrando a necessidade de adaptação e eficiência em meio às mudanças climáticas crescentes.

Onda de calor impulsiona consumo de energia no Brasil. Imagem: Canva

Como reduzir o consumo de energia?

Reduzir o consumo de energia em sua casa pode diminuir sua conta de eletricidade e contribuir para a sustentabilidade energética. Por exemplo, substitua lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED, que são mais eficientes e têm uma vida útil mais longa.

Ao comprar eletrodomésticos novos, escolha os que possuam classificação energética A ou superior. Eles consomem menos energia no uso diário. Além disso, mantenha os aparelhos de ar-condicionado, aquecedores, geladeira e freezer limpos e bem mantidos. A sujeira e a poeira podem aumentar o consumo de energia.

Lembre-se de que as economias de energia podem levar um tempo para se tornarem significativas. Portanto, investir em melhorias energéticas pode custar inicialmente, mas os benefícios em longo prazo superam os custos.