Os Jogos Olímpicos de Tóquio seguem acontecendo normalmente e acabaram jogando luz mais uma vez sobre a situação dos atletas brasileiros. Afinal, do que eles vivem? O Governo paga alguma espécie de Auxílio para que eles possam competir? Existe alguma premiação em dinheiro para quem vence?
As respostas para essas perguntas são complexas justamente porque variam de pessoa para pessoa. É que o Governo Federal paga, desde 2005, uma série de opções de bolsas com valores diversos para esses esportistas. Na grande maioria dos casos, o dinheiro vai para aqueles que conseguem se sair bem em suas competições.
Talvez o mais famoso desses auxílios seja mesmo o Bolsa Atleta. De acordo com as informações oficiais, o Governo Federal paga uma mensalidade que varia entre R$ 5 mil e R$ 15 mil para esses esportistas. A condição aqui é figurar entre as primeiras posições no ranking oficial internacional da sua modalidade. A campeã olímpica da Ginástica Artística, Rebeca Andrade, se enquadra nessa lógica.
Além disso, o Governo paga também a Bolsa Olímpica. Nesse caso, a mensalidade varia entre R$ 5 mil e R$ 11 mil. Para entrar nesse benefício, o atleta precisa ter tido um desempenho bom na última edição dos Jogos Olímpicos. Este ano, apenas 62 dos 301 esportistas do Brasil que estão em Tóquio recebem esse dinheiro.
Ainda há a Bolsa Internacional, que paga R$ 1850 para atletas que conquistam um pódio em uma competição internacional importante no ano anterior aos Jogos Olímpicos. Além disso, existe também a Bolsa Nacional que premia mensalmente aqueles esportistas que conseguem as melhores posições nos campeonatos brasileiros de suas modalidade. Aqui, o valor da parcela é de R$ 925 mensais.
Auxílio em Tóquio
E quem ganhar uma medalha? De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) os esportistas que conquistarem o pódio em Tóquio irão receber uma premiação em dinheiro. Isso, no entanto, vai variar de atleta para atleta.
Quem conquistar o pódio em um esporte individual, por exemplo, vai receber um valor que pode variar entre R$ 100 mil e R$ 250 mil. Nas modalidades coletivas, esse patamar fica entre R$ 200 mil e R$ 500 mil para os grupos com times de até seis indivíduos.
No caso dos esportes coletivos com sete atletas ou mais, aí os valores sobem variando entre R$ 300 mil e R$ 759 mil. De acordo com o COB, no entanto, essas premiações acontecerão com recursos exclusivamente privados.
Dificuldade
Apesar dessa variedade de possibilidades de ganhos para os atletas, a realidade é que uma boa parcela ainda sofre para conseguir dinheiro. De acordo com as informações oficiais, 131 esportistas brasileiros que estão em Tóquio não possuem nenhum patrocínio.
Pouco mais de 10% de toda a delegação do país que está nas Olimpíadas neste momento teve que fazer uma vaquinha na internet. A ideia foi justamente pedir uma ajuda das pessoas para conseguir montar o orçamento deles.
Além disso, 33 esportistas brasileiros precisam trabalhar em outros empregos para conseguir se manter. Cinco deles, por exemplo, são motoristas de app e dividem o tempo treinando para conseguir um bom resultado no Japão.