Domingo Sangrento na Irlanda: um resumo
O termo “Domingo Sangrento” é utilizado para definir dois eventos distintos: o Domingo Sangrento da Rússia, que aconteceu em 1905, e o da Irlanda, que ocorreu em 1972.
Vamos analisar, a seguir, o Domingo Sangrento da Irlanda, que é muito abordado por questões de história geral das principais provas do país.
Domingo Sangrento na Irlanda: introdução
No dia 30 de janeiro de 1972, a Irlanda do Norte teve sua história marcada pelo assassinato de civis por parte do exército britânico.
Domingo Sangrento na Irlanda: características
O Domingo Sangrento aconteceu na cidade de Derry, quando manifestantes saíram protestando pelas ruas da cidade a caminho da câmara municipal da cidade.
As manifestações eram direcionadas contra as medidas impostas pelo governo britânico sobre a Irlanda do Norte. Dentre elas, podemos destacar aquela que determinava a prisão de todas as pessoas que fossem suspeitas de participar do Exército Republicano Irlandês (IRA), sem que houvesse acusação formal. Vale destacar que o IRA atuava na luta contra a dominação da Inglaterra sobre o país.
Domingo Sangrento na Irlanda: contexto histórico
No entanto, os embates entre a população da Irlanda do Norte e os britânicos não eram novos, uma vez que as lutas pela independência desse território persistiam há muitos anos.
Assim, nas manifestações do dia 30 de janeiro, o exército britânico recebeu ordens para não deixar que os manifestantes alcançassem seu objetivo facilmente.
Domingo Sangrento na Irlanda: características
No dia, barricadas e bloqueios foram colocados nas ruas para impedir que o protesto acontecesse, fato que causou forte indignação entre os manifestantes, que gritaram e atiraram garrafas e outros objetos nos soldados.
Como resposta à indignação dos irlandeses, o exército britânico disparou contra a multidão, matando 14 pessoas e deixando outras 12 gravemente feridas.
Domingo Sangrento na Irlanda: consequências
Para tentar conter a situação, os ingleses acusaram os manifestantes de terrorismo, fazendo uma campanha para justificar a atitude do exército. Porém, os parentes das vítimas continuavam se reunindo para pedir uma reparação do governo inglês.
Em 1998, o primeiro-ministro britânico Tony Blair abriu um novo inquérito sobre o Domingo Sangrento, que foi concluído apenas em 2010. Na data, o primeiro-ministro David Cameron apresentou a conclusão da investigação, declarando que todas as vítimas eram inocentes e que o comportamento do exército foi injustificável.