Em pronunciamento realizado nesta quarta-feira (3), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, abordou a desafiadora questão da fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afirmando que a mesma “nunca vai acabar”. Contudo, Lupi expressou sua determinação em reduzir o tempo de espera para a conclusão dos benefícios previdenciários.
Durante a cerimônia de abertura do curso de formação dos aprovados no último concurso do INSS, Lupi enfatizou a meta estabelecida pela pasta para o ano de 2024. O ministro almeja “vencer a fila quilométrica” do INSS, visando especificamente atingir a marca de 30 dias como prazo máximo para a conclusão dos processos de concessão de benefícios.
“Eu quero, nesse ano de 2024, chegar à data de 30 dias de espera para conclusão do benefício. O que quer dizer? Que no próprio mês que a pessoa dê entrada, conclua o processo,” declarou Lupi durante seu discurso.
A meta visa aliviar a preocupação e a ansiedade dos beneficiários, proporcionando uma resposta mais rápida e eficiente aos requerimentos submetidos ao INSS. O ministro destacou a importância desse compromisso durante o evento em Brasília, ressaltando o esforço necessário para superar os desafios enfrentados pela autarquia.
Possibilidade de zerar a fila do INSS
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, classificou como “mentirosos” aqueles que afirmam ser possível eliminar completamente a fila de espera no INSS. Em um pronunciamento contundente, Lupi refutou a ideia de que a fila poderia ser zerada, destacando a incessante entrada de novos pedidos.
“Nunca vai acabar a fila. E prestem atenção: quem diz que vai acabar a fila é mentiroso. Todo mês entram 900 mil pedidos, 1 milhão de pedidos novos. Então, todo mês terão pelo menos 900 mil [a] 1 milhão de pessoas pedindo e ninguém resolve assim, tem que conferir documento, tem que ser justo,” afirmou o ministro durante sua participação no evento.
Lupi negou categoricamente ter proposto a eliminação total da fila do INSS, esclarecendo que sua abordagem sempre esteve centrada na implementação de prazos mais eficientes para resposta aos requerimentos. A afirmação do ministro visa esclarecer mal-entendidos e manter a transparência sobre os desafios enfrentados pela autarquia previdenciária.
Humanização dos atendimentos
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também anunciou sua visão de transformar o atendimento no Instituto Nacional do Seguro Social ao longo do ano de 2024. Lupi enfatizou a necessidade de “humanizar” os serviços prestados pela instituição, destacando a importância da presença física nas agências.
“Este ano vai ser o ano da humanização da Previdência, nada substitui a presença física [nas agências]. As pessoas veem na Previdência um braço amigo, [o atendimento] precisa ter humanização”, declarou.
A proposta de Lupi visa criar uma experiência mais acolhedora e eficiente para os beneficiários do INSS. A ênfase na presença física nas agências reflete o desejo de estabelecer um contato mais direto entre os usuários e os serviços previdenciários.
A humanização do atendimento busca, além de otimizar os processos, estabelecer um ambiente mais acessível e compreensível para aqueles que buscam benefícios previdenciários. O ministro ressaltou a importância de a Previdência Social ser percebida como um “braço amigo”, fortalecendo os laços entre a instituição e a comunidade.
O anúncio de Lupi surge em meio aos esforços contínuos do governo para aprimorar a qualidade e a eficiência dos serviços prestados pelo INSS. A expectativa é de que as iniciativas de humanização resultem em uma experiência mais satisfatória para os segurados.