Dados oficiais do Ministério do Trabalho indicam que o Brasil registrou a criação de 306,11 mil empregos formais no último mês de fevereiro. O número representa um aumento de pouco mais de 21%, e está acima das projeções que vinham sendo indicadas por especialistas.
De acordo com o governo federal, foram registradas:
- 2,09 milhões de contratações;
- 1,94 milhão de demissões.
Os dados foram indicados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Por esta mesma fonte, é possível indicar que no acumulado do ano até aqui, o saldo é de 474.614 empregos gerados. Foram 4.342.227 admissões e 3.867.613 desligamentos.
Quando se considera apenas os dados do mês de fevereiro, é possível indicar que o resultado apresenta uma melhora em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criados cerca de 252 mil empregos com carteira assinada.
Os cinco grandes grupos econômicos registraram os seguintes dados em fevereiro:
- Serviços (+193.127 postos);
- Indústria (+54.448 postos), principalmente na Indústria de Transformação (+51.870 postos);
- Construção (+35.053 postos);
- Comércio (+19.724 postos);
- Agropecuária com saldo (+3.759 postos).
Outros dados
De acordo com o Caged, é possível notar que:
- A geração de vagas com carteira assinada também é a maior para meses de fevereiro desde 2022, quando foram abertos 353,74 mil empregos formais.
- Em fevereiro de 2020 e de 2021, respectivamente, foram abertas 217,26 mil e 397,71 mil empregos formais;
- Em fevereiro de 2024, o Brasil tinha saldo de 45,99 milhões de empregos com carteira assinada.
- Este resultado representa, na prática, um aumento na comparação com janeiro deste ano (45,69 milhões) e com fevereiro de 2023 (44,39 milhões).
Salário médio
Ainda de acordo com o Caged, o salário médio de admissão do trabalhador brasileiro ficou na casa dos R$ 2.082,79 neste último mês de fevereiro. Este número representa uma queda real em comparação com janeiro deste ano, quando o patamar ficou registrado em R$ 2.133,21
Já em comparação com fevereiro do ano passado, houve um leve aumento, já que naquele momento a média salarial de admissão esteve na casa dos R$ 2.054,50.
Caged x IBGE
A outra métrica é a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que contabiliza não apenas os trabalhadores formais, mas também os informais. Por esta diferença de metodologia, os números dos dois sistemas não são comparáveis.
Novo salário mínimo
Vale lembrar que os trabalhadores brasileiros já estão recebendo o novo salário mínimo, que passou por um aumento de R$ 92 em relação ao ano passado. Desde o dia 1º de janeiro de 2024, o novo patamar pago para boa parte destes cidadãos é de R$ 1.412.
Ao contrário do que muita gente pensa, não são apenas os trabalhadores ativos que serão impactados pelas mudanças no salário mínimo. De acordo com as informações oficiais, uma série de outros benefícios também são reajustados no mesmo ritmo. Veja abaixo alguns exemplos:
- abono salarial PIS/Pasep;
- benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- seguro desemprego;
- os valores que permitem a inscrição no Cadastro Único;
- seguro-defeso;
- os montantes pagos no trabalho intermitente;
- o teto permitido para ajuizar ações;
- contribuições mensais dos Microempreendedores Individuais (MEIs).
O valor de benefícios previdenciários, por exemplo, não poderá ser menor do que R$ 1.412 a partir do próximo ano. A lógica, aliás, vale não apenas para as aposentadorias, mas também para pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e para o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Outro ponto que também deve mudar é o abono salarial Pis/Pasep. Atualmente, segue-se a lógica de que o valor pago a cada trabalhador varia conforme o número de meses trabalhados no ano-base. Assim, quem trabalhar durante o ano todo, vai conseguir receber o valor completo do novo salário mínimo, ou seja, R$ 1.412.