Desde a sua criação, o Nubank vem inovando no mercado financeiro, atraindo cada vez mais clientes para a instituição. Com isso, no último balanço apresentado pela empresa, foi informado que ela chegou a marca de 70 milhões de clientes na América Latina.
A marca foi atingida pelo Nubank sendo principalmente puxada pela grande adesão brasileira, com mais de 66 milhões de usuários. Países como México e Colômbia também estão logo atrás desta marca, com 3,2 milhões e mais de 400 mil, respectivamente.
Ao encerrar o segundo trimestre deste ano, o Nubank já possuía 65,3 milhões de clientes no seu sistema, segundo o resultado divulgado pela companhia durante a temporada de balanços.
No mesmo período, o banco reportou um lucro de US$ 17 milhões, valor 68,3% acima do registrado no trimestre anterior. Ao se analisar no quesito anual, a alta obtida foi de 1,2%. Por outro lado, a Receita expandiu 244,4% na base anualizada, alcançando a marca de US$ 1,2 bilhão.
Inovações do Nubank
Alguns fatores podem ter influenciado neste resultado do Nubank, o NuInvest pode ter sido uma ferramenta crucial dentre eles. Este consiste em uma plataforma de investimentos da empresa, que passou a expandir a atuação do banco para além dos negócios básicos, como os cartões de crédito e a conta digital.
Com isso, a companhia lançou o Nubank Cripto, a ferramenta permite a compra, manutenção e venda de criptomoedas. Além disso, outra novidade foi as “Caixinhas”, essa é uma ferramenta voltada para ajudar na organização e no planejamento financeiro dos clientes.
Por fim, uma outra inovação do Nubank, é que a empresa começou a testar o programa “Nunos”. Esse é um programa gratuito de relacionamento com o cliente que oferece recompensas. Além disso, no início deste mês, a empresa aderiu ao Open Finance, sistema do Banco Central que permite compartilhar dados financeiros com clientes entre diferentes instituições financeiras.
Fechamento de capital no Brasil
Dentre os últimos anúncios do Nubank, após 9 meses do IPO com a dupla listagem na B3 e na Bolsa de Nova York, a empresa anunciou que deixará de ser uma companhia aberta no Brasil. Em comunicado, a empresa informou que o seu objetivo é “maximizar a eficiência e minimizar redundâncias” de ser uma companhia aberta em mais de uma jurisdição.
Em seu pronunciamento, a empresa informou que deve diminuir as cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios. “Nosso foco é melhorar processos, produtividade e escalabilidade para entregar crescimento e valor para todos os nossos stakeholders,” informou a cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, em nota.
De acordo com o Nubank, a instituição optou pela dupla listagem em seu IPO a fim de viabilizar o seu programa NuSócios. O programa doou BDRs para cerca de 7,5 milhões de clientes em troca deles se cadastrarem na corretora do banco. Quem recebeu o BDR pelo programa só poderia vendê-lo após um ano. Cada BDR representa um sexto de uma ação listada nos Estados Unidos.
Em prática, o Nu deve migrar seu programa de BDRs do nível 3, indo para os BDRs de nível 1. No nível 3 os BDRs são emitidos por empresas listadas no Brasil, já no nível 1 são emitidos por empresas estrangeiras não listadas no mercado local.
O investidor que possui BDRs de nível 3 no Nubank, terá três opções: vendê-los, convertê-los em BDRs nível 1 ou em ações na NYSE, caso tenha quantidade suficiente de papéis e uma conta no exterior. Na época do IPO, o banco chegou a avaliar os custos de ser uma companhia aberta em duas bolsas, desse modo, eles decidiram seguir adiante com o NuSócios.