Centrais sindicais assinam carta pedindo novo Bolsa Família de R$ 600

NOVO Bolsa Família com o valor fixado de R$ 600

Centrais sindicais assinaram uma espécie de carta conjunta para que o Governo aumente o valor do Bolsa Família para R$ 600

O Governo Federal deverá anunciar a qualquer momento o valor mínimo de R$ 400 para o novo Bolsa Família. O aumento passaria a valer a partir do próximo mês de novembro e é maior do que o que vinha se especulando nos últimos dias. No entanto, as Centrais Sindicais acreditam que esse patamar ainda está baixo.

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Várias dessas organizações trabalhistas assinaram uma espécie de carta conjunta para pedir por um aumento para a casa dos R$ 600. O documento pede para o Governo taxar grandes fortunas e a partir daí conseguir pagar esse novo valor. Eles também pedem, entre outras coisas, que o patamar para mães chefes de família seja dobrado e alcance os R$ 1,2 mi.

“Propomos que o Congresso trate com urgência máxima a ampliação da cobertura da proteção de renda através do Bolsa Família”, diz a carta. Fizeram esse pedido Centrais como CUT, Força Sindical, UGT, CTB e NCST. Além disso, outras organizações trabalhistas de menor apelo também assinaram o documento em questão.

“Independentemente dos procedimentos de teto de gastos, o Auxílio Brasil de R$ 600 seria o ideal. O povo está passando fome. E os R$ 600 não só tirariam da miséria milhões de pessoas como fariam a economia rodar”, disse o Presidente da UGT, Ricardo Patah, em entrevista para o jornal Folha de São Paulo.

“Não é possível aceitar que, neste momento, irmãos brasileiros tenham que revirar lixo e disputar ossos para se alimentar. É urgente a ampliação do Bolsa Família para R$ 600, pois a fome não espera”, disse o presidente da CSB, Antonio Neto, também em entrevista. O Governo Federal ainda não deu uma resposta.

Pouco provável

Mas quais são as chances reais do aumento para R$ 600 acontecer? Pelo menos de acordo com informações de bastidores, são quase nulas. É que o Governo estaria em dúvida entre pagar um aumento para a casa dos R$ 300 ou um pouco mais do que isso.

A ala mais política do Governo conseguiu vencer uma pequena guerra contra o Ministério da Economia, que queria o valor de R$ 300. Ao que se sabe até aqui, o programa agora vai mesmo pagar parcelas mínimas de R$ 400.

Como essa ala acabou de conseguir o que queria, aumentando mais R$ 100 do valor especulado, é de se imaginar que eles não queiram puxar ainda mais a corda e subir para algo em torno de R$ 600 neste momento.

Pedidos aumentam sem Auxílio

Só que muito provavelmente essa carta das Centrais Sindicais não será a única a pedir um aumento maior do Bolsa Família. Principalmente porque se sabe que o Governo decidiu não prorrogar o Auxílio Emergencial por mais tempo.

Sem esse programa, que atende cerca de 35 milhões de brasileiros, muita gente vai pedir para que o Palácio do Planalto suba pelo menos mais um pouco o valor do Bolsa Família. Não se sabe, no entanto, se essa pressão poderia ser suficiente.

Em declaração nesta quarta-feira (20), o Ministro da Cidadania, João Roma, confirmou que o Auxílio Emergencial vai mesmo chegar ao fim. Além disso, ele também disse que o Governo Federal vai apostar apenas no substituto do Bolsa Família a partir de novembro.

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