O Presidente Jair Bolsonaro anunciou há cerca de duas semanas que o valor mínimo de pagamentos do Auxílio Brasil vai ser de R$ 400. Isso, até onde se sabe, é um patamar mais alto do que muita gente estava esperando. Até mesmo membros do próprio Palácio do Planalto chegaram a se surpreender com isso.
Veja também: Trabalhadores já podem pedir benefício de R$ 550
De qualquer forma, esse aumento ainda não parece ter agradado a esquerda. O líder da oposição na Câmara Federal, o Deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), usou o seu Twitter oficial para dizer que o aumento precisa ser maior. De acordo com ele, a luta dos parlamentares vai continuar a ser por um benefício que chegue a R$ 600.
Ele, aliás, adiantou também que não vai votar a favor da PEC dos Precatórios. De acordo com ele, esse documento acabaria provocando um espécie de calote nas pessoas que precisam de dinheiro agora. Não se sabe até que ponto esta é uma opinião de todas os parlamentares da oposição neste momento.
“Nós da Oposição queremos e lutamos por um auxílio de R$ 600 para o povo, mas não podemos aceitar que governo dê calote nos brasileiros”, disse Molon. Ele completou o post publicando a hashtag #PecdoCaloteNão. O poder executivo vem argumentando que essa matéria seria importante para aumentar o valor do Auxílio Brasil
Bolsonaro quer R$ 400 no Auxílio
Inicialmente, a discussão dentro do Governo Federal era sobre o patamar de R$ 300 neste novo Auxílio. O Presidente queria pagar esse montante, e membros do Ministério da Economia queriam algo em torno de R$ 280.
O tempo foi passando e Bolsonaro acabou ganhando uma queda de braço. Logo depois, ele surpreendeu novamente ao subir ainda mais esse patamar e colocar os pagamentos médios na casa dos R$ 400.
E isso vale lembrar, trata-se de um valor mínimo e não. Isso quer dizer, portanto, que pelas contas do Presidente nenhum dos 17 milhões de usuários do novo Bolsa Família vai receber menos do que esses R$ 400. Esse é o plano.
Agora para que isso se torne realidade, o Congresso Nacional teria que ajudar. É que, de acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Auxílio só vai poder ter aumento de fato depois da aprovação da PEC dos Precatórios.
Decisão deve ser apertada
Como dito, a votação da PEC dos Precatórios deve acontecer nesta quarta-feira (3), no plenário da Câmara dos Deputados. E de acordo com informações de bastidores, a decisão tem tudo para ser das mais apertadas.
Segundo informações da imprensa, membros do Governo Federal estão fazendo as contas. Eles chegaram à conclusão que possuem 10 votos a mais do que o necessário para aprovar esse texto. Agora não se sabe se eles irão conseguir.
Até a última hora, o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) estaria tentando chegar em um acordo para conseguir trazer mais votos da oposição. Mas aparentemente isso não vai surtir muito efeito. Os principais líderes dos partidos de esquerda apontam que irão votar contra PEC.