No próximo fim de semana, é esperado o desenvolvimento de um novo sistema de ciclone extratropical na costa da Região Sul, próximo ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A situação demanda atenção devido à ocorrência de chuvas intensas, incluindo nas regiões das capitais: Porto Alegre e Florianópolis.
Esse ciclone não deverá ser tão intenso como o ocorrido em meados de junho. No entanto, entre os dias 7 e 8 de julho, a passagem de uma frente fria e a subsequente formação do ciclone extratropical poderão resultar em volumes significativos de chuva, variando de 100 mm a 150 mm.
Esses acumulados são esperados nas áreas da Grande Porto Alegre, Serra Gaúcha e Litoral Norte do Rio Grande do Sul, bem como em áreas do Sul e Leste de Santa Catarina, incluindo a região serrana e a Grande Florianópolis.
Incertezas do tempo em se relacionando com o ciclone
Ainda existem incertezas em relação à posição e intensidade desse ciclone, assim como ao volume de chuva que poderá ser observado. De toda forma, a população das regiões leste/nordeste do Rio Grande do Sul e sul/leste de Santa Catarina deve estar preparada para enfrentar várias horas de chuva intensa ao longo da semana.
Ressalta-se que o acumulado de chuva previsto, de 100 a 150 mm, corresponde a pelo menos 50% da média normal para julho nessas áreas. De acordo com o Inmet, as médias climatológicas de precipitação para o período de 1991 a 2020 são as seguintes:
- Porto Alegre – 163,5 mm;
- Torres – 121,8 mm;
- Bom Jesus – 128,4 mm;
- Caxias do Sul – 184,3 mm;
- Florianópolis – 100,8 mm;
- São Joaquim -166,5 mm.
Além das intensas precipitações, um ciclone extratropical pode ocasionar rajadas de vento significativas, dependendo da sua intensidade.
Impactos da tempestade tropical
Os ciclones, também conhecidos como tempestades tropicais, podem ter consequências graves. Aqui estão alguns dos efeitos que eles causam:
- Impacto humano – Os ciclones podem causar perda significativa de vidas. Nos últimos 50 anos, causaram 1.942 desastres, resultando na morte de 779.324 pessoas;
- Após a passagem de um ciclone, a água estagnada pode causar a propagação de doenças e as infraestruturas de transporte e comunicação podem ser gravemente danificadas;
- Impacto econômico – Os ciclones também podem ter um impacto econômico significativo. Nos últimos 50 anos, causaram perdas econômicas estimadas em US$ 1.407,6 bilhões;
- Riscos à saúde – Os ciclones podem aumentar o risco de problemas de saúde pública. Por exemplo, o ciclone Freddy aumentou o risco de cólera, malária e COVID-19 em países como Moçambique, Madagascar e Malawi;
- Impacto ambiental – Os ciclones podem causar danos significativos ao meio ambiente. Por exemplo, a tempestade causada por um ciclone pode devastar ilhas e áreas costeiras, destruindo aldeias e plantações;
- Danos à infraestrutura – Os ciclones podem causar danos significativos à infraestrutura, incluindo edifícios, estradas e pontes. Os ventos fortes e as chuvas intensas associadas aos ciclones podem causar inundações, deslizamentos de terra e deslizamentos de terra, que podem danificar ou destruir edifícios e outras estruturas;
- Quedas de energia – Os ciclones também podem causar quedas de energia, que podem durar dias ou até semanas. Isso pode ser particularmente perigoso em áreas onde as temperaturas são altas, pois as pessoas podem não ter acesso a ar condicionado ou outros sistemas de refrigeração.
No geral, os ciclones podem ter consequências graves tanto para a vida humana quanto para o meio ambiente. É essencial tomar precauções e se preparar para essas tempestades para minimizar seu impacto.
Abrigos para os desabrigados
Os governos devem fornecer abrigos para vítimas de ciclones de várias maneiras, incluindo:
- Construção de abrigos temporários – O governo pode construir abrigos temporários para as pessoas atingidas pelo ciclone. Esses abrigos comumente são construídos com materiais locais, como madeira, bambu e folhas de palmeira, e devem ser projetados para serem resistentes a ventos fortes e chuvas intensas;
- Uso de escolas e outros edifícios públicos – O governo pode usar escolas e outros edifícios públicos como abrigos temporários para as pessoas dependentes pelo ciclone. Esses edifícios são adaptados para fornecer abrigo e segurança para as pessoas, com dormitórios que incluem colchões, cobertores e outros suprimentos.