Nesta quinta-feira (4), a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que o Brasil ultrapassou os EUA em número de novas infecções diárias. Foram 59,9 mil registros no Brasil, ante a 57,8 mil novos contágios entre os americanos. De acordo com a OMS, um em cada novo caso mundial da doença é brasileiro.
Alertados pela comunidade científica internacional sobre os perigos das novas variantes do vírus, mais países passaram a incluir o Brasil na lista de nações para as quais as fronteiras estão fechadas. Segundo dados da ‘ Folha de S. Paulo’, de uma lista de 150 países, 17 já impuseram restrições ao país. O Brasil empata com a África do Sul e só fica atrás do Reino Unido, que agora tem de lidar com 25 destinos com barreiras.
As medidas levam em conta pessoas que passaram pelo Brasil antes da chegada aos países. O quadro consolida a condição brasileira de pária internacional, alcançada desde que Bolsonaro tomou posse e implementou uma política desastrosa que destruiu a imagem do país no Planeta.
Seja com a devastação e incêndios criminosos de florestas tropicais ou com ataques diplomáticos a parceiros estratégicos como a China, o dedo podre de Bolsonaro está sempre por atrás de ações que horrorizaram o mundo nos últimos dois anos. Agora, a explosão de infecções e óbitos acendeu um novo alarme entre autoridades de saúde, que temem os efeitos de novas variantes, resultantes da livre circulação do vírus.
Na quarta-feira (3), mais um recorde de óbitos foi batido, com o registro de 1.840 vítimas fatais pelo consórcio de veículos de imprensa e 1.910, de acordo com a contagem do Ministério da Saúde. O aumento de novas infecções diárias amplia esse problema de mortes.
“Nós vamos entrar numa situação de guerra explícita”, prevê o neurocientista Miguel Nicolelis, em entrevista ao jornal ‘ El País’. “Podemos ter a maior catástrofe humanitária do século XXI em nossas mãos”, alerta o professor da universidade de Duke, nos EUA.
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