Entrou em vigor neste mês, a cotação de dólar utilizada para conversão de gastos com o cartão de crédito no exterior, que passa a ser a do dia gasto feito pelo cliente. A nova regra foi fixada pela circular regulamentada pelo Banco Central.
O que muda?
Agora, as empresas emissoras de cartões vão ter que usar a taxa de câmbio do dia em que for feita a transação. Antes as empresas consideravam a taxa da data do fechamento da fatura.
Por que houve a mudança?
Essa nova regra tem o objetivo de garantir mais previsibilidade para compras feitas com cartão de crédito no exterior. O cliente então vai saber quanto pagar em reais no momento em que fizer a transação ou sacar internacionalmente.
Antes, um turista poderia efetuar uma compra com o dólar mais baixo. Porém, ao pagar a fatura, a moeda poderia estar mais cara. Isso aconteceu, por exemplo, no começo desse ano, que foi quando o dólar subiu de um valor já alto de R$ 4,02, em janeiro, para mais de R$ 4,30, em fevereiro. Acabava não sendo justo.
Isso evita surpresas ruins no retorno de turistas que estão voltando para o Brasil. Especialmente em períodos de disparadas do dólar, isso vai ser bem útil.
Como funciona a nova medida?
Agora, com essa mudança, os bancos vão poder oferecer outras opções de pagamento de gastos no exterior. Fica a critério do cliente aceitar ou não.
Empresas que emitem cartões deverão adotar de maneira automática essa nova regra. Claro, oferecendo também o modelo de cobrança antigo.
Antes dessa mudança, a conversão era fixada pelos emissores no momento de fechamento da fatura, ou seja, a 10 dias antes da data de pagamento. Se a cotação caísse, o emissor devolvia a diferença na fatura seguinte e se crescesse, cobrava então a diferença.
Agora, a fatura deve identificar todos os gastos na moeda em que estes foram realizados, enquanto que o valor equivalente em dólares e em reais, e a taxa de conversão do dólar para o real, vão ser feitas de maneira fixa.
Segundo o BC, as taxas de dólar vão ser divulgadas para os clientes todos os dias, através de seus canais digitais. Vão ser feitas também melhorias contínuas no detalhamento das transações, procurando garantir assim mais segurança ao consumidor.
Vale lembrar que é recomendado aos consumidores que queiram evitar riscos e aumento da moeda comparada ao real devem comprar com antecedência, em diferentes datas.
Confira as taxas e IOF
A nova regra traz vantagens, porém, continua sendo recomendado por ser mais seguro, a compra da moeda estrangeira em espécie para viagens ao exterior. Claro, comparado ao uso do cartão de crédito, por conta das alíquotas de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Veja a seguir as atuais taxas de IOF por modalidade:
- Compra de moeda estrangeira: 1,1%
- Uso de cartão de crédito no exterior: 6,38%
- Compra de cartão pré-pago: 6,38%
- Transferência bancária internacional para conta da mesma titularidade: 1,1%
- Transferência bancária internacional para conta em nome de outra pessoa: 0,38%.
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