O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), falou pela primeira vez sobre uma possível prorrogação do Auxílio Emergencial. Em entrevista, ele evitou cravar que é isso o que vai acontecer com o programa. No entanto, ele deixou claro que essa é sim uma possibilidade neste momento.
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“Isso tem sido colocado, vamos discutir todas essas hipóteses, isso tudo pode ser debatido”, disse o Senador para jornalistas. Ele também evitou dar qualquer tipo de prazo neste momento. Se limitou a dizer que esse é um assunto que está sendo analisado pelo Congresso Nacional e pelo Governo Federal neste momento.
Essa fala de Pacheco acontece semanas depois de uma declaração do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ao lado do Ministro da Cidadania, João Roma, Lira teria dito que o Governo precisa prorrogar o Auxílio Emergencial para conseguir atender a população que vai ficar sem ajuda em breve.
Só que publicamente, nem Lira e nem Pacheco estão falando muito sobre o assunto. E essa é uma questão importante em toda essa história. É que se sabe que uma possível prorrogação do Auxílio Emergencial passa diretamente pela necessidade de aprovação do Congresso Nacional. Então a opinião deles deve fazer muita diferença neste sentido.
Até agora, no entanto, ainda não há uma informação oficial por parte do Governo Federal. De acordo com informações de bastidores, o Presidente Jair Bolsonaro estaria ouvindo as opiniões de várias pessoas sobre o tema. A expectativa é que a sua escolha seja anunciada ainda nesta semana.
Bilhões sem nada
De acordo com o Ministro da Cidadania, João Roma, existe neste momento uma preocupação com cerca de 25 milhões de pessoas que deverão ficar sem nada a partir do próximo mês de novembro.
Isso vai acontecer porque o Auxílio Emergencial vai chegar ao fim e a atual versão do Bolsa Família também. No lugar desses projetos sociais, vai entrar um novo benefício que deve atender, no máximo, 17 milhões de pessoas.
A ideia de prorrogar o benefício vem justamente diante do interesse de atender esses brasileiros que ficarão “órfãos” de projetos sociais. É preciso portanto esperar para saber o que o Governo vai decidir sobre isso.
Auxílio Emergencial
De acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial atende hoje algo em torno de 35 milhões de pessoas. Os valores seguem os mesmos desde o início dos repasses. São parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375.
Esses números já foram bem maiores. Ainda de acordo o Ministério da Cidadania, no ano passado o Auxílio Emergencial chegou a atender cerca de 70 milhões de pessoas. Nos primeiros meses alguns usuários chegaram a receber R$ 1200.
De acordo com o Governo Federal, a queda no tamanho do Bolsa Família aconteceu porque o país não está mais sob a batuta do período de calamidade pública e nem do Orçamento de Guerra. Por isso, ainda segundo eles, é preciso voltar a respeitar o teto de gastos públicos.