Os casos do novo coronavírus seguem crescendo em todo o Brasil, bem como o número de óbitos. Todo o cenário, semelhante ao início da pandemia, tem deixado muitos deputados federais e senadores preocupados, que buscam pressionar o governo para que o auxílio emergencial seja prorrogado em 2021.
Os membros da equipe econômica do Governo Federal, além do presidente Jair Bolsonaro, seguem o mesmo posicionamento de que estender o auxílio emergencial este ano seria um erro, mesmo que a população precise receber o benefício para amenizar os impactos econômicos causados pela nova doença.
Apoio do Congresso
No momento, uma grande parte da ala parlamenta busca uma sessão extraordinária no Congresso Nacional. A ideia é que no encontro possa debatido a prorrogação do auxílio emergencial em 2021.
Muitos são os senadores que estão assinado o requerimento para realizar a convocação da assembleia, entre eles os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Zenaide maia (Pros-RN) e Rodrigo Cunha (PSDB-AL).
O recesso parlamentar seguirá até 1° de fevereiro, mas a Constituição permite convocação extraordinária, pela maioria dos membros das duas Casas legislativas em caso de urgência ou interesse público relevante.
Os senadores entendem que a prorrogação do auxílio emergencial é inevitável, uma vez que o número de contágio e mortes por conta da doença cresce cada vez mais.
Além disso, os senadores e deputados querem que seja retomado o pagamento original, com valor de R$ 600. Os parlamentares busca uma pausa no recesso para que a pauta seja colocada em votação e seja aprovado o mais breve possível.
Posicionamento do Governo
O presidente Jair Bolsonaro, em suas declarações, sempre enfatiza o fato de que prorrogar o auxílio emergencial não é uma opção viável, sobretudo por conta do valor para custeamento do programa. Em 2020, por conta dos gastos do governo com programas de contenção a pandemia, um montante de R$ 700 bilhões foram investidos.
De acordo com Bolsonaro, cada parcela paga do auxílio emergencial representa uma nova divida para governo, que não tem condições de pagar mais parcelas do benefício, sob risco de quebrar a economia do país.
Além do presidente, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, segue a mesma linha. Segundo ele, também não é viável o pagamento do auxílio emergencial, uma vez que o país não tem recursos para pagamento de tal medida, além de que o mesmo estouraria o teto de gastos públicos.
Porém, caso seja levado em consideração as declarações de Paulo Guedes no fim de 2020, o ministro já havia informado que prorrogar o auxílio emergencial não faz parte do plano do governo, porém, diante de uma segunda onda, a prorrogação do benefício poderia acontecer.
Novo valor
Caso o Governo Federal opte por prorrogar o auxílio emergencial, pode ser provável que os pagamentos das parcelas não aconteçam nos valores de R$600 e R$300, mas sim com pagamentos bem semelhantes ao que foi pago no Bolsa Família, em torno de R$190.