Entre as várias discussões sobre a possível nova prorrogação do auxílio emergencial, se sabe que o benefício pode ser mantido em 2022 caso o novo programa de transferência de renda não seja implementado.
Todavia, até o momento, a Caixa Econômica Federal deve iniciar o pagamento da sétima e última parcela do programa. Atualmente, os segurados ainda estão sendo convocados a resgatarem o benefício em espécie da sexta rodada.
Dentro do Planalto, a opinião para a renovação do coronavoucher é bem evidente por parte de alguns parlamentares. Os que mais discutem sobre o assunto são Ministro da Economia, Paulo Guedes, o Ministro da Cidadania, João Roma, e o Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.
Ainda não se sabe de fato a posição do presidente da república, Jair Bolsonaro, acerca do assunto, que está evitando comentários em seus últimos discursos. Isso pode estar acontecendo em razão da complicada situação referente ao lançamento do Auxílio Brasil.
O novo Bolsa Família tão prometido por Bolsonaro pode não sair do papel. A equipe técnica da proposta está encontrando dificuldades em viabilizar o orçamento do projeto. Isso porque, custará mais aos cofres públicos, sendo necessário encontrar fontes de renda capazes de financiá-lo.
Além disso, visando a reeleição no próximo ano, o presidente pode ter optado em ficar neutro nesta situação. Pois, se apoiar a renovação do auxílio emergencial antes mesmo do lançamento do novo programa social, estaria admitindo que o novo projeto não será viabilizado.
Porém, como mencionado, o coronavoucher pode ser novamente liberado caso o Auxílio Brasil não receba o apoio necessário. O que está cada dia mais evidente, uma vez que o prazo para o lançamento do projeto está curto, não havendo possibilidade nenhuma de implementação no ano eleitoral.
Este ano, cerca de 35 milhões de famílias estão sendo beneficiadas com o programa. Os valores das parcelas variam conforme a composição do núcleo familiar, sendo R$ 150 para pessoas que moram sozinhas, R$ 250 para as demais famílias e, R$ 375 para mães solteiras.
De acordo com o Ministério da Cidadania, a medida chegou a atender quase de 70 milhões de cidadãos brasileiros com parcela de até R$ 1.200 ao mês no início dos pagamentos ainda em 2020.
Em defesa, o Governo Federal justifica que a redução do valor das parcelas, bem como no número de segurados se deve ao cenário de calamidade pública enfrentado pelo país. Além disso, a equipe alega que é preciso respeitar o teto de gastos, que regula a maioria dos pagamentos de programas sociais.