O Minha Casa, Minha vida é um programa habitacional do atual Governo Federal que até então beneficia pessoas em vulnerabilidade social. Todavia, em um pronunciamento nesta terça-feira (13), o presidente Lula manifestou interesse em expandir o benefício do programa.
Dessa forma, a proposta seria incluir como beneficiários dessa assistência popular, famílias de classe média com renda mensal de até R$ 12 mil.
Obviamente que depois dessa notícia, muitas pessoas estão empolgadas com essa possibilidade. Então, para esclarecer diversas dúvidas relacionadas, organizamos esse texto completo.
Reunimos aqui detalhes sobre a proposta, bem como, sobre as especificações atuais desse programa. Portanto, continue a leitura com a gente para saber muito mais.
Promessa de ampliação do Minha Casa, Minha Vida
Antes de tudo, é importante contextualizar sobre as condições atuais do Minha Casa, Minha Vida. Dessa forma, se tem como objetivo principal a simplificação do processo de financiamento habitacional para famílias que residem em áreas urbanas com renda mensal bruta de até R$ 8 mil.
Além disso, também auxilia famílias que vivem em regiões rurais, desde que sua renda bruta anual não ultrapasse R$ 96 mil.
Ao direcionar-se especificamente a famílias com esses níveis de renda, o Minha Casa, Minha Vida priorizava o apoio a aqueles que mais enfrentariam desafios financeiros para adquirir uma casa própria.
Todavia, como mencionamos anteriormente, a ideia que está sendo debatida atualmente é ampliar essa assistência, permitido assim que pessoas da classe média consiga também descontos significativos ao adquirir a sua casa própria.
“Nós precisamos fazer não apenas o Minha Casa, Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa, Minha Vida para a classe média. O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil. Esse cara também quer ter uma casa, e esse cara quer ter uma casa melhor” afirmou o presidente Lula.
Dessa forma, estão sendo considerada duas possibilidades para viabilizar essa ampliação do Minha Casa, Minha Vida. A primeira, seria incluir essa categoria na Faixa 3 do programa, que atualmente varia entre R$ 4.400 e R$ 8 mil, ampliando-a para R$ 12 mil.
Uma outra alternativa que está sendo estudada para efetivar essa iniciativa seria o estabelecimento de uma linha especial pelo Conselho Curador do FGTS, com condições diferenciadas, porém fora do âmbito do programa.
Aumento do subsídio para os benefícios
Na próxima semana, está prevista a aprovação, pelo Conselho Curador do FGTS, de um aumento no subsídio oferecido às famílias de baixa renda no programa habitacional.
O subsídio, que representa um desconto no valor de entrada, passará de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil.
Além das mudanças no subsídio, também está em discussão uma alteração no valor máximo do imóvel permitido para a Faixa 3. Como mencionamos, é a que abrange a faixa de renda mais alta do programa habitacional.
Atualmente, esse valor é fixado em R$ 264 mil, mas há uma proposta para aumentá-lo para R$ 350 mil.
Vale ressaltar que essa mudança contemplaria todo o país, não ficando mais restrita apenas às capitais Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.
Por fim, os técnicos responsáveis também sugerem elevar o valor máximo do imóvel para as Faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida.
Até então, o limite para a Faixa 1, destinada a famílias com renda familiar de até R$ 2.640, é de R$ 190 mil. Já para a Faixa 2, que abrange famílias com renda de até R$ 4.400, o teto é de R$ 264 mil.
No entanto, de acordo com a localização, esses valores poderiam ser ajustados.
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Reinício do Programa “Minha Casa, Minha Vida
É importante ressaltar que, o Minha Casa, Minha Vida, foi estabelecido durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, com o objetivo de proporcionar moradia digna para famílias de baixa renda no Brasil.
O programa foi uma iniciativa amplamente reconhecida e teve um impacto significativo na redução do déficit habitacional do país.
No entanto, em 2020, durante a administração do presidente Jair Bolsonaro, o programa foi extinto e substituído por uma nova iniciativa chamada “Casa Verde e Amarela”.
Essa mudança trouxe consigo uma série de alterações nos critérios de elegibilidade e nas políticas habitacionais.
No mês de fevereiro deste ano, o governo reintroduziu o programa por meio de uma medida provisória, todavia, a MP só teria validade até hoje (14). Mas, o Senado, em um importante passo, aprovou a medida provisória que reintroduz o renomado programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida“.
Agora, a proposta segue para a sanção presidencial, etapa crucial para que se torne efetivamente uma lei.