Atenção! O Banco Central do Brasil (BC) avança para uma nova fase em seu projeto experimental com a moeda virtual chamada Drex. Na prática, trata-se do real, a moeda brasileira oficial, em formato digital.
O nome escolhido pelo BC é formado por um conjunto de referências características da nova ferramenta:
D – Digital;
R – Real;
E – Eletrônico;
X – Representa modernidade e conexão, além de repetir a última letra de “Pix”, o sistema de transferência instantânea.
Em suma, de acordo com o BC, o Drex vai permitir que vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes estejam à sua disposição.
Esses serviços financeiros inteligentes serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central, que é um ambiente em desenvolvimento utilizando a tecnologia de registro distribuído (em inglês Distributed Ledger Technology – DLT).
A saber, para ter acesso à Plataforma Drex, você precisará de um intermediário financeiro autorizado, como um banco. Esse intermediário fará a transferência do seu dinheiro depositado em conta para sua carteira digital do Drex, para que você possa realizar transações com ativos digitais com total segurança.
Primeira Fase do Projeto Drex
Cabe mencionar que a primeira etapa do projeto Drex envolveu testes iniciais limitados a infraestruturas e serviços desenvolvidos exclusivamente pelo Banco Central.
Durante essa fase, o foco estava em avaliar a viabilidade técnica e a segurança das operações dentro de um ambiente controlado.
As atividades foram essenciais para estabelecer uma base sólida, garantindo que os aspectos fundamentais da moeda virtual atendessem aos critérios rigorosos de segurança e eficiência necessários para avançar para etapas subsequentes.
Nova Fase
Então, com a aprovação recente para iniciar a segunda fase de testes, o projeto Drex está pronto para expandir.
Nesse momento, a infraestrutura existente será utilizada para explorar a implementação de smart contracts, que são contratos automatizados geridos por participantes autorizados fora do Banco Central.
Em outras palavras, a segunda fase vai permitir testar a interação da moeda virtual com diversos modelos de negócio, envolvendo ativos que não são regulados pelo Banco Central, o que requer a participação de outros órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O Drex chega ao Bolsa Família ou não?
Muito bem! Uma das possibilidades de uso mais significativas do Drex poderia ser no pagamento de programas de assistência social, como o Bolsa Família.
Inicialmente, a ideia é utilizar essa moeda virtual para facilitar e agilizar as transações, promovendo maior eficiência e redução de custos operacionais.
Contudo, antes de uma implementação em larga escala, o Banco Central considera essencial realizar testes limitados para garantir a segurança e a eficácia desse método de pagamento.
Dessa forma, haverá um teste com um grupo reduzido, de apenas 5% dos beneficiários do Bolsa Família.