O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, elucidou recentemente os planos para uma nova contribuição sindical. Ele salientou que é um processo de construção coletiva e não uma imposição compulsória.
Para Marinho, ter sindicatos representativos e fortes é um pressuposto de um país democrático. Ele acredita que as condições necessárias para isso podem ser criadas através de contribuições financeiras adequadas.
Segundo o ministro, a ideia é que a nova contribuição esteja vinculada às negociações de acordos e convenções coletivas de trabalho. Isso seria acordado entre os sindicatos de empregadores e de trabalhadores.
Marinho explicou que as assembleias podem não aprovar a nova contribuição. No entanto, o sindicato de empregadores e o sindicato de trabalhadores podem sugerir e reivindicar a aprovação de uma contribuição negocial.
“Se a assembleia rejeitar, nada se cobra“, explicou Marinho.
A diferença com o antigo imposto sindical
A proposta não tem relação com o antigo imposto sindical, que foi extinto em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. A nova contribuição teria um teto máximo de até 1% da renda anual do trabalhador.
Além da nova contribuição, o grupo de trabalho do governo federal irá propor regras de transparência para as organizações sindicais. Isso incluirá limites de mandatos e regras de prestação de contas.
O governo estabelecerá um diálogo tripartite com trabalhadores e empregadores para provocar o debate e submeter a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão do Congresso Nacional
A proposta será encaminhada ao Congresso Nacional, que será responsável por dar a palavra final em qualquer política pública. A expectativa do ministro Luiz Marinho é que a proposta seja apresentada em cerca de 15 dias.
A assembleia poderá decidir o valor da contribuição, que pode ser 0,5%, 0,25% ou mesmo nada. Cabe salientar que a contribuição negocial teria como objetivo a prestação de serviço do acordo coletivo de trabalho.
Em resumo, a nova contribuição sindical é um processo de construção coletiva e não uma imposição compulsória. O sindicato de empregadores e o sindicato de trabalhadores podem sugerir a aprovação de uma contribuição, mas a decisão final cabe às assembleias.
A proposta da nova contribuição sindical
O Ministério do Trabalho está desenvolvendo uma proposta para o retorno da contribuição sindical, como já mencionado. A ideia é estabelecer um teto para a nova taxa, que pode chegar a 1% do rendimento anual do trabalhador.
O retorno da contribuição sindical pode ter implicações significativas para os trabalhadores. A taxa proposta corresponde a cerca de três dias e meio de trabalho, em comparação com o imposto sindical de um dia de trabalho que existia antes da reforma.
As centrais sindicais defendem que a taxa esteja vinculada às negociações salariais, benefícios como o vale-refeição e outros direitos dos trabalhadores. Para avançar com as reivindicações da categoria, os trabalhadores precisariam aprovar o percentual da taxa em uma assembleia.
A semana começou com expectativas em relação ao Relatório Focus, a primeira pesquisa do Banco Central após o reajuste de preços dos combustíveis. Há uma crença de que o aumento na gasolina e no diesel terá impacto na inflação.
A volta da contribuição sindical pode trazer impactos importantes para a economia e para os trabalhadores. O debate sobre a obrigatoriedade dessa contribuição tem sido intenso desde a reforma trabalhista, que extinguiu essa obrigação.