Espírito Santo: Sindicato prevê evasão de 60% dos alunos da educação infantil

Além da perda de matrículas, o órgão relata crescimento nas demissões dos educadores de escolas particulares

O Espírito Santo, assim como os demais estados do Brasil, está buscando meios de conter a defasagem no ensino em meio à pandemia do novo coronavírus. No que se refere às escolas particulares, há o receio da perda de matrículas, sobretudo na educação infantil.

De acordo com o Sindicato das Escolas Particulares do Espírito Santo, a previsão é a evasão de 60% dos alunos matriculados hoje em escolas de educação infantil, ou seja, que atendem crianças de até 5 anos de idade.

“O vínculo das crianças com as instituições da educação infantil garante o processo formativo, com interação, brincadeira, com diversidade de atividades que ampliavam a experiência das crianças e oportunizava o desenvolvimento”, expõe Cleonara Schwartz, doutora em educação em entrevista ao Jornal Nacional.

Ainda segundo o sindicato, as demissões dos educadores das escolas particulares tem crescido por conta da queda das matrículas. E as dispensas só não aumentaram mais porque houve redução tanto na carga horária quando no salário desses profissionais.

Desafio dos professores nas aulas a distância

Para não perder muitos alunos durante o período de distanciamento social, os professores têm criado novas metodologias para chamar a atenção dos alunos. É uma nova realidade também para eles, que precisam se adaptar com o que têm em casa para ensinar online ou criar conteúdos remotos.

São inúmeras as estratégias para que as crianças consigam aprender os conteúdos de verdade e dar continuidade ao que vinha sendo feito em sala de aula antes do isolamento.

Além de ter que se reinventar a cada aula, segundo os profissionais, há outras dificuldades, mas que afetam os estudantes.

Não são todos que possuem um bom sinal de internet, uma vez que precisam dividi-la com os irmãos estudantes também ou então com os adultos da casa, que precisam trabalhar a distância nesse momento. O mesmo ocorre com a disponibilidade dos aparelhos eletrônicos em casa.

Sem falar na renda das famílias que já não é mais a mesma por conta dos estabelecimentos fechados e do desemprego em si. Assim fica complicado conseguir arcar com as mensalidades da escola, sobretudo de educação infantil.

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