Nordeste: Falta de merenda escolar afeta 52% dos estudantes

A pandemia do novo coronavírus afetou a vida de famílias inteiras. Pais e filhos precisaram se desdobrar para conseguir, respectivamente, trabalhar e estudar mesmo com as escolas fechadas. No Nordeste essa situação não ocorreu de forma diferente.

Além das dificuldades relativas à educação, muitos passam por dificuldades financeiras por conta do aumento do desemprego, assim como pela queda na renda mensal. Para auxiliá-los, os governos criaram auxílios com vale alimentação ou proporcionaram a entrega de marmitas.

Entretanto, de acordo com dados de uma pesquisa encomendada pelos institutos Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, cerca de 52% dos estudantes da Região Nordeste não recebem merenda escolar durante a pandemia.

Isso faz com que o orçamento das famílias fique ainda mais pesado e até afete no rendimento dos alunos. A saber, o resultado obtido no Brasil inteiro em relação à falta de merenda fica na casa dos 42%.

Pais mais presentes na educação dos estudantes

Entretanto, mesmo diante das dificuldades, na Região Nordeste, por exemplo, os responsáveis dos estudantes se mostraram mais ativos no quesito educação dos filhos.

As aulas acontecem remotamente, assim como no restante do país. Desse modo, pais e responsáveis que antes se diziam mais ausentes nesse sentido passaram a assumir uma posição de mais presença. De acordo com a pesquisa, 47% estão mais participativos.

Já 76% acreditam que a responsabilidade sobre a educação dos filhos aumentou ainda mais no momento de pandemia do que anteriormente.

De acordo com a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patrícia Mota Guedes, as informações obtidas pelo estudo garantem possíveis debates para melhorar as políticas públicas.

“Famílias estão acompanhando mais de perto o ensino para seus filhos, e valorizando ainda mais o papel central do professor. São transformações que vêm para dar mais força a iniciativas de valorização da profissão docente, assim como da parceria família-escola”, compreende a pesquisadora.

Ainda de acordo com o estudo, 71% dos pais passaram a valorizar mais o trabalho dos professores durante a pandemia.

No Nordeste, a saber, 68% dos entrevistados aprovaram as aulas remotas para o desenvolvimento dos estudantes na escola. O percentual é menor que a média nacional, de 64%.

Leia também – CNE facilita matrícula de estudantes migrantes e refugiados em escolas públicas

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.