O naturalismo é um movimento literário que sucede o romantismo. O movimento surgiu na França, na segunda metade do século XIX. Nesse sentido, é para muitos críticos uma corrente mais extrema do realismo.
Assim, além de surgir junto com o realismo, o naturalismo compartilha do mesmo objetivo de retratar a realidade. No entanto, se diferenciava do realismo em alguns aspectos.
Na época em que surgiu o movimento, a Europa passava por profundas mudanças econômicas, políticas e sociais geradas pela Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Desse modo, a sociedade se dividia entre a nova classe dominante, a burguesia, e o proletariado.
Assim, enquanto o realismo retratava mais a burguesia, o naturalismo se ocupava de retratar a comunidade mais pobre.
Algumas das principais características era a linguagem simples e objetiva, sendo comum o uso da linguagem coloquial. O cientificismo exagerado e a abordagem positivista também marcavam as obras do período.
Além disso, no naturalismo, o mundo podia ser explicado através das forças da natureza. Assim, havia forte influência do Darwinismo, de modo que o homem não possui livre arbítrio, mas é guiado pelo meio social.
A abordagem de temas polêmicos era também uma marca das obras do naturalismo. Então, temas como miséria, adultério, crimes e sexualidade eram comuns. Ademais, as obras traziam grande desejo de mudança da sociedade.
Principais autores e obras
Na Europa, Emile Zola (1840-1902) foi o maior representante do naturalismo. O autor francês escreveu as obras A Taberna, de 1877, e Germinal, de 1885.
Já no Brasil, o principal escritor naturalista foi Aluísio de Azevedo (1857-1913). Entre suas principais obras figuram: O Mulato (1881), Casa de Pensão (1890) e O Cortiço (1890).
Além de Azevedo, outros dois autores brasileiros têm destaque no naturalismo:
- Adolfo Caminha (1867-1897): Voos Incertos, de 1886; A Normalista, de 1893; e Bom Criolo, de 1895;
- Inglês de Sousa (1853-1918): O Coronel Sangrado, de 1877; e O Missionário, de 1891.
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