A menos de duas semanas para o final do ano de 2020, muitas pessoas podem estar se perguntando como serão as festividades de Natal e Ano Novo neste período de pandemia. Infelizmente o final do ano está sendo atingido por uma segunda onda de infecção pela Covid-19 em muitas partes do mundo, obrigando autoridades a tomarem medidas mais restritivas neste período típico de festas. Acarretando prejuízos em diversos setores da economia como lazer e turismo, além de impor às famílias o distanciamento social na época mais festiva do ano. Até este domingo (13) foram computados 72.126.085 infectados em todo mundo, com 1.611.344 mortes pela Covid-19.
Coronavírus na Europa e as festas de fim de ano
O Reino Unido, embora tenha sido a primeira região da Europa a iniciar a vacinação no último dia 8 de dezembro, conta com o maior número de mortes no velho continente, acumulando até a data mais de 64 mil mortes pela doença. As quatro nações que integram a região decidiram estabelecer regras rígidas para os encontros de final de ano. Serão permitidas reuniões familiares com no máximo três famílias de lares diferentes no período de 23 a 27 de dezembro. Além disso, as comemorações gerais de final de ano – como missas – só poderão ser realizadas em locais abertos.
Na Alemanha, principal economia da Europa, as regras de distanciamento social serão endurecidas. A partir da próxima quarta-feira (16) serviços não essenciais serão fechados até o dia 10 de janeiro. Os encontros familiares de final de ano poderão ocorrer com apenas cinco pessoas de famílias diferentes.
Na França, segundo país com maior número de mortes pela doença na Europa, será implementado toque de recolher a partir das 21h já na próxima terça-feira (15). No entanto, esta norma será flexibilizada no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, para que as famílias possam se reunir. As autoridades francesas estão pedindo à população que respeite o limite de até seis adultos por casa durante as festividades de final de ano.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o país foi marcado por um alarmante número de novos infectados pelo coronavírus após o feriado de ação de graças em 26 de novembro.
Estados como a Califórnia e Oregon vêm implementando restrições a viajantes de outras partes do país. Em muitos casos são exigidas quarentenas dos viajantes ou pelo menos a realização de teste para a Covid-19. Contudo, as restrições são pontuais, apenas 22 dos 50 estados americanos apresentaram medidas restritivas. O país hoje é o mais afetado pelo coronavírus no mundo, tendo acumulado até a data 298 mil mortes pela doença. Felizmente, o início da imunização dos cidadãos norte americanos está previsto para amanhã (14).
Brasil
O Brasil, segundo país com o maior número de mortes pela Covid-19, ultrapassou neste domingo (13) a marca de 181 mil mortes. O país possui um cenário muito parecido com o americano para o final de ano. O governo federal também não estabeleceu restrições para o período, cabendo aos estados e municípios determinar regras para as festividades.
No Estado de Pernambuco as confraternizações de Natal e Ano Novo foram proibidas em locais públicos ou privados, como hotéis e estabelecimentos afins, ainda que não haja cobrança de ingresso. O decreto 49.891 publicado pelo governo do Estado na última terça-feira (8) ainda proíbe a realização de shows e festas, exceto casamentos e formaturas.
No Estado de São Paulo as restrições ocorrem de forma gradual, sendo que na última sexta-feira (11) o governo reduziu o horário de funcionamento de bares até às 20h. Contudo, o período de funcionamento dos shoppings centers foi estendido de 10 para 12 horas por dia. O objetivo do governo é evitar aglomerações nas compras de final de ano.
Já na cidade de Belo Horizonte, a prefeitura tentou proibir a venda de bebidas alcoólicas para consumo dentro de bares e restaurantes através de decreto publicado na última segunda-feira (7). Mas, tal decisão foi derrubada em caráter liminar na justiça na última sexta-feira (11) em uma ação movida pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais. A prefeitura ainda afirmou que não irá conceder licença para quaisquer eventos na cidade, o que inclui festas de réveillon.
Observamos que o final de ano e as festividades do período serão duramente afetadas pela pandemia que, infelizmente, continua a avançar em muitas partes do mundo. Isto levará novos desafios a diferentes governos e também à sociedade, que terá que se adaptar a mais esta restrição em 2020.