Economia

Bolsonaro: “Não fico feliz em conceder auxílios”

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não está contente de fornecer auxílio para população, mas que neste momento ele é necessário para “evitar um mal maior”. Ele também disse que os informais vivem de “favores do Estado” neste momento da pandemia da Covid-19. As informações são do portal Metrópoles.

“Nós temos por volta de 38 milhões de informais, que viviam fazendo o quê? De bico, vendendo algo em praça pública, num cruzamento, na praia, no estádio, nas arquibancadas. E estão fazendo o que hoje em dia? Nada. Vivendo de favores do Estado. Eu não fico feliz em conceder auxílios, gostaria que não fosse necessário isso, mas é para evitar o mal maior”, explicou Bolsonaro nesta quarta-feira (07), em agenda oficial em Chapecó (SC).

O auxílio emergencial começou a ser pago nesta terça-feira (06). Ao contrário do ano passado, o auxílio está estabelecido com valor e beneficiado menor.

O valor do benefício tem três variações que estão entre R$ 150 e R$ 375. O que é bem inferior a primeira rodada que pagou de R$600 a R$1,2 mil. Veja abaixo os valores previstos neste ano:

  • Para quem mora sozinho, o auxílio emergencial 2021 será pago no valor de R$ 150.
  • Famílias que não são de apenas um indivíduo e que não são chefiadas por mulheres sozinhas terão direito a um auxílio emergencial 2021 de R$ 250.
  • Já nos casos de mulheres chefe de família o valor pago será de R$ 375.

Ao todo são 45,6 milhões de pessoas que foram incluídas este ano, número inferior aos quase 68 milhões de brasileiros que receberam o auxílio. Com isso, o corte para este ano alcançou mais de 22 milhões de pessoas.

Bolsonaro: “Vírus veio para ficar”

Sem evidências cientificas, mas uma vez Bolsonaro defendeu o tratamento precoce e criticou o lockdown. Mesmo com outros países sem registros de caso da Covid-19, Bolsonaro alegou que o vírus veio para ficar.

“Nós temos que buscar alternativas, o próprio ministro disse: liberdade para o médico. Vamos buscar alternativas, não vamos aceitar a política do ‘fique em casa’, feche tudo, lockdown. O vírus não vai embora. Esse vírus, como outros, vieram para ficar e vão ficar a vida toda. É praticamente impossível erradicá-lo. E até lá, vamos fazer o quê? Ver o nosso país empobrecer ou ver pessoas, como existem milhões por aí, completamente esquecidas, abandonadas, sem nada para comer?”