Dos 12 milhões de desempregados atualmente no Brasil, 6,5 milhões são mulheres, de acordo com uma pesquisa recente do IBGE. A taxa de desocupação das mulheres é de 13,9%, bem acima dos 9% registrados para os homens.
Desde o final do ano passado, a taxa de desocupação é 54% maior para as mulheres em comparação aos homens. Para as mulheres que estão empregadas, elas geralmente recebem 20,5% a menos do que os homens no mercado de trabalho.
Devemos notar que o público feminino é mais historicamente atingido do que o masculino. Essa situação acabou se agravando ainda mais desde o início da pandemia, sendo que muitas mulheres tiveram que deixar o mercado de trabalho por conta dos seus filhos e também do fechamento de creches por conta do agravamento da Covid-19.
Números do IBGE mostram que o número de desempregados está aumentando
De acordo com os números do IBGE que foram registrados nos últimos meses, o número de brasileiros que estão desocupados aumentou. Essa recuperação deve continuar sendo ainda mais lenta para as mulheres, que representam neste momento o maior contingente de pessoas fora do mercado de trabalho.
Além das 6,5 milhões de desempregadas, existem mais 41 milhões de brasileiras que estão fora do mercado de trabalho. Em relação aos homens, a fatia de ocupados subiu para 66,1% no final de 2021, ficando ainda um pouco abaixo do nível pré-pandemia.
Já entre as mulheres, a faixa de desocupação passou dos 45,7%, 1,3 ponto porcentual abaixo do pré-covid. Menos de metade das mulheres que têm idade para trabalhar estão encaixadas no mercado de trabalho.
Maior participação das mulheres no mercado de trabalho foi registrado em 2014
Essa maior participação das mulheres no mercado de trabalho vêm diminuindo ao longo dos últimos anos, sendo que o maior registro aconteceu em 2014. Ainda assim, os dados do IBGE apontaram que o número de mulheres desempregadas caiu mais do que em relação aos homens em 2021.
As mulheres também não estão se mostrando preocupadas em se inserir na informalidade, além de que o crescimento do setor informal em todo o país acabou ajudando para esse novo modelo de trabalho, bem visto por uns e criticado por outros.
Em momentos de crise as mulheres tendem a perder seus empregos com maior facilidade
Em momentos de crise, a mulher tende a perder o emprego com maior facilidade do que os homens e com a pandemia o setor de serviços foi o mais prejudicado, reunindo muitos trabalhadores do comércio e empregadas domésticas que ficaram sem renda. Aos poucos a taxa de desemprego está retornando para patamares do pré-pandemia,
O que está acontecendo é que muitas mulheres que estão se reposicionando no mercado de trabalho estão aceitando receber menos do que antes ou do que realmente o seu cargo poderia pagar, pelo fato de que apenas estão aceitando em um momento de crise econômica e inflação alta, além do aumento de preços, terem um pagamento