A numismática é uma área curiosa, onde pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença. Caso você não saiba, aliás, o termo “numismática” refere-se ao estudo das moedas e cédulas. O mercado no qual esses colecionadores estão inseridos é dinâmico e está sempre em busca de exemplares que, por alguma razão, se destacam em relação às moedas comuns.
A seguir, confira como a tiragem e o estado de conservação afetam o valor de moedas específicas. Além disso, descubra o valor de algumas moedas em cartela, uma categoria especial que atrai muitos colecionadores. As informações estão disponíveis no catálogo do CCMBR.
Tiragem e valor de mercado
Em primeiro lugar, um dos fatores mais importantes na determinação do valor de uma moeda é sua tiragem. Essa palavra se refere, basicamente, ao número total de unidades produzidas. De modo geral, quanto menor a tiragem, mais rara e, consequentemente, mais valiosa a moeda tende a ser.
Por exemplo, a moeda de R$ 1 do ano de 1999 teve uma tiragem de apenas 3.840.000 unidades, o que a torna relativamente rara. Os valores para esta moeda variam de R$ 10 em estado de conservação Muito Bem Conservado (MBC) a R$ 158 em estado Flor de Cunho (FC).
Contrastando com essa moeda de 1999, temos a moeda de R$ 1 de 2008, que, por outro lado, teve uma tiragem massiva de 664.833.000 unidades. Devido à sua alta disponibilidade, os valores são muito mais baixos, variando de R$ 2 em MBC a apenas R$ 16 em FC. Esse exemplo ilustra claramente como a tiragem influencia o valor de mercado.
Análise de moedas por ano e variação de valor
Conheça mais algumas moedas e veja como os anos de emissão e a tiragem impactam seus valores:
- 1998: Com uma tiragem de 18.000.000, os valores variam de R$ 6 em MBC a R$ 83 em FC.
- 2002: Com uma tiragem de 54.192.000, os valores variam de R$ 3 em MBC a R$ 37 em FC.
- 2003: Com uma tiragem de 100.000.000, os valores variam de R$ 2 em MBC a R$ 27 em FC.
- 2005: Com uma tiragem de 43.776.000, os valores variam de R$ 3 em MBC a R$ 35 em FC.
- 2006: Com uma tiragem de 179.968.000, os valores variam de R$ 2 em MBC a R$ 26 em FC.
Esses exemplos mostram como moedas com menor tiragem geralmente possuem um valor de mercado mais elevado. No entanto, é importante ressaltar que outros fatores também desempenham um papel importante na valorização, como a demanda no mercado de colecionadores e, é claro, o estado de conservação do exemplar.
Estado de conservação
O estado de conservação é mais um fator crucial na avaliação de uma moeda. Moedas em estado Flor de Cunho (FC) são aquelas que nunca circularam e estão em perfeitas condições, como se tivessem acabado de sair da Casa da Moeda. Esse estado de conservação pode aumentar significativamente o valor de uma moeda. Por exemplo, a moeda de 1998, que em estado MBC vale R$ 6, pode valer até R$ 83 se estiver em FC. Fica evidente, dessa forma, que a diferença de valor é bastante significativa e reflete a importância da preservação das moedas para os colecionadores.
Moedas em cartela
Além das moedas comuns, há também moedas que são lançadas em cartelas, voltadas especificamente para colecionadores. Essas moedas geralmente têm uma tiragem muito limitada e são produzidas para eventos especiais, como, aliás, as Olimpíadas. Abaixo, confira algumas dessas moedas e seus valores:
- Bandeira Olímpica (2012): R$ 243
- Atletismo (2014): R$ 38
- Golfe (2014): R$ 38
- Natação (2014): R$ 38
- Paratriatlo (2014): R$ 38
- Rúgbi (2015): R$ 38
- Vela (2015): R$ 38
- Paracanoagem (2015): R$ 38
- Basquetebol (2015): R$ 38
- Atletismo Paralímpico (2015): R$ 38
- Futebol (2015): R$ 38
- Judô (2015): R$ 38
- Voleibol (2015): R$ 38
- Boxe (2016): R$ 38
- Mascote Olímpica (2016): R$ 38
- Mascote Paralímpica (2016): R$ 38
- Natação Paralímpica (2016): R$ 38
Em resumo, podemos dizer que essas moedas em cartela são valiosas entre colecionadores devido à sua raridade mais elevada do que o comum e ao fato de estarem em perfeito estado de conservação (já que acompanham a cartela de proteção).