Moedas com erros de fabricação que são VALIOSAS
Essas moedas com defeitos valem mais do que o esperado
Existe um movimentado mercado de compra e venda de moedas em atividade. Por via de regra, os itens que se destacam são aquelas mais peculiares, que apresentam características inusitadas. Erros de cunhagem, aliás, estão entre os aspectos mais prestigiados pelos colecionadores.
Essas falhas podem atingir moedas de todas as denominações, e se manifestam de maneiras diversas. A seguir, conheça uma série de moedas de R$ 1 e 50 centavos que chamam atenção por conta dessas anomalias curiosas e inesperadas.
50 centavos com reverso invertido e reverso horizontal
Erros de cunhagem como o reverso invertido e o reverso horizontal são conhecidos potencializadores de valor em moedas. Esses erros ocorrem quando o lado reverso da moeda (a face com o valor) é cunhado em uma orientação incorreta em relação ao anverso (a face com a efígie).
- 50 centavos 2002 – reverso invertido: Uma moeda de 50 centavos do ano de 2002 com esse erro pode valer até R$ 220 em estado Flor de Cunho (FC), que é o mais alto grau de conservação. Em estado Soberba (S), seu valor é de R$ 100,00. A diferença de valor entre os estados de conservação destaca a importância da condição física da moeda.
- 50 centavos 2002 – reverso horizontal: Moedas dessa denominação e ano com o reverso horizontal são mais comuns que as com reverso invertido. Essa variante vale cerca de R$ 80 em estado S.
- 50 centavos 2003 – reverso invertido: Similar ao ano anterior, moedas de 2003 com reverso invertido valem até R$ 150 para exemplares em estado Soberba/Flor de Cunho (S/FC).
- 50 centavos 2003 – reverso horizontal: Essas moedas, com o reverso horizontal, valem R$ 55 em estado Muito Bem Conservada/Soberba (MBC/S).
Moedas de R$ 1 com erros
Além das moedas de 50 centavos, as de R$ 1 também apresentam erros que aumentam significativamente seu valor.
- R$ 1 2009 – “boné”: O erro conhecido como “boné” refere-se à descentralização do disco, um defeito visualmente distinto onde uma parte do design é visivelmente deslocada. Essa moeda pode valer até R$ 150 em estado MBC/S.
- R$ 1 2010 – reverso invertido: Moedas de R$ 1 com o reverso invertido de 2010 são particularmente valorizadas, com exemplares em estado S valendo R$ 110. Esse tipo de erro, aliás, é especialmente atraente para colecionadores devido à sua raridade.
- R$ 1 2013 – reverso horizontal: Essa variante vale R$ 80 em estado S, indicando uma demanda significativa por moedas com tal tipo de erro.
Por que esses erros aumentam o valor das moedas?
Há muitas razões pelas quais essas moedas anômalas valem mais. Entre as principais, podemos citar:
- Escassez: Erros como reverso invertido, reverso horizontal e “boné” são mais raros, o que aumenta seu valor. Conforme você já sabe, a raridade é uma característica essencial para o valor numismático, pois menos moedas disponíveis significam maior demanda entre os colecionadores.
- Condição da moeda: O estado de conservação é uma consideração vital na determinação do valor de uma moeda. Moedas em estado Flor de Cunho (FC) ou Soberba (S) são particularmente cobiçadas. Isso porque elas preservam detalhes e características originais. Moedas com erros de cunhagem em excelente estado são ainda mais raras e, portanto, mais valiosas.
- Atração visual e curiosidade: Erros de cunhagem são intrigantes e atraem a curiosidade dos colecionadores, já que cada moeda com erro é uma peça única.
Escala de preservação
A escala de preservação compõe-se por seis categorias principais:
- Flor de Cunho (FC)
- Soberba (S)
- Muito Bem Conservada (MBC)
- Bem Conservada (BC)
- Regular (R)
- Um Tanto Gasta (UTG)
O valor da moeda está diretamente ligado a classificação que possua. Exemplares em melhores condições estão na parte de cima da escala (FC e S). Já aquelas com muitos danos aparentes, no entanto, se encaixam em graus mais baixos e irão valer menos.
Por fim, também existem algumas categorias intermediárias, como as categoria Soberba/Flor de Cunho (S/FC) e Muito Bem Conservada/Soberba (MBC/S). Uma moeda MBC/S, por exemplo, não se enquadram nem como MBC nem como S; ela é um “misto” das duas.