Uma moeda de 10 centavos do ano de 1996 é altamente procurada pelos colecionadores devido a uma característica única que a distingue de outras semelhantes. Trata-se de uma moeda de 10 centavos que foi cunhada em um disco de 5 centavos.
Normalmente, cada moeda possui seu próprio disco, que se diferencia em estatura, espessura, diâmetro, design e material utilizado na composição. Nessa situação específica, o disco utilizado para fabricar a moeda de 10 centavos pertence, na verdade, a uma moeda de outra denominação.
Podemos afirmar que se trata de uma espécie de híbrido, misturando características de duas moedas distintas. Defeitos desse tipo são considerados relativamente incomuns, e justamente por isso, os numismatas, que são colecionadores interessados no estudo de moedas e cédulas, se sentem particularmente atraídos por unidades com essas falhas inusitadas. Quanto mais diferente for o erro, mais a moeda tende a valer.
Esse exemplar que você vê nas imagens está à venda no site Numismática Castro por R$ 600. Além da questão do disco trocado, o valor elevado também se deve ao fato de a moeda estar bem preservada. A maioria das moedas, com o passar do tempo, acaba sofrendo o impacto da circulação, apresentando desgaste e outros danos.
Sendo assim, as moedas que permanecem brilhosas e em bom estado são mais difíceis de encontrar e, como consequência, tornam-se mais desejadas.
Estado de conservação
Existe uma escala utilizada na numismática para classificar as moedas em diferentes categorias de conservação. A escala começa no grau mais alto, conhecido como “Flor de Cunho”, que descreve moedas em perfeito estado, e vai até a categoria “Um Tanto Gasta”, destinada às peças que já estão muito danificadas.
A classificação das moedas conforme seu estado de conservação é essencial para determinar seu valor. As categorias mais comuns são as seguintes:
Flor de Cunho (FC): Moeda impecável.
Soberba (S): Moeda com leve desgaste, quase impossível de perceber.
Muito Bem Conservada (MBC): Moeda com algum desgaste; no entanto, todos os detalhes ainda são claramente visíveis e segue sendo uma moeda “boa”.
Bem Conservada (BC): Moeda com desgaste mais pronunciado, porém sem grandes danos.
Regular (R): Moeda bastante desgastada, que tende a valer pouco.
Um Tanto Gasta (UTG): Moeda extremamente danificada, que costuma perder todo seu valor.
Determinar a qual categoria uma moeda pertence não é uma tarefa simples, pois exige algum grau de conhecimento prévio e experiência. Se você deseja vender uma moeda e não tem certeza sobre seu estado de conservação, a melhor forma de descobrir isso é consultando um especialista.
Avaliação profissional
Existem vários profissionais que oferecem serviços de avaliação, e em alguns casos, eles poderão cobrar pequenas taxas. Entretanto, às vezes fazem isso de forma gratuita. Casas de leilão e lojas virtuais são bons canais para encontrar esses especialistas.
Você também pode encontrar numismatas acessando comunidades ou outros grupos em redes sociais, ou até mesmo em associações numismáticas na sua região.
Mais sobre as moedas raras
O estado de conservação não é o único fator que pode afetar o valor de uma moeda. A tiragem, que se refere ao número de unidades fabricadas, também é crucial. Moedas com tiragens mais baixas costumam valer mais, pois são mais escassas.
Mudanças políticas ou novas políticas monetárias podem interromper a produção de certos lotes, tornando as moedas que os integram mais raras. Além disso, as moedas comemorativas, emitidas para celebrar ocasiões específicas, também tendem a ter tiragens reduzidas e designs exclusivos, o que aumenta seu valor.