Erros de fabricação podem transformar uma moeda comum em uma peça extremamente valiosa no mundo da numismática. Essas anomalias, que ocorrem durante o processo de cunhagem, são procuradas por colecionadores que valorizam a singularidade e a raridade dessas moedas.
Entre os tipos de erros mais apreciados estão o reverso invertido, o disco trocado e o deslizamento de disco, conhecido popularmente como “boné”. Esse último é o motivo pelo qual essa moeda de 50 centavos de 2013 – que você vai conhecer a seguir – se destaca no mercado numismático.
A moeda de 50 centavos com boné
Essa moeda de 50 centavos com o erro de deslizamento de disco está à venda no site TN Moedas. O valor cobrado é igual a R$ 150. Essa peça, que à primeira vista pode parecer comum, ganha uma nova dimensão de valor graças a um erro de cunhagem específico: o já citado deslizamento de disco, ou “boné”.
O deslizamento de disco
O deslizamento de disco, apelidado de “boné”, ocorre quando o disco da moeda não está corretamente alinhado no momento da cunhagem. Isso resulta em uma impressão descentrada das faces da moeda. Dependendo da gravidade do deslizamento, o erro pode se manifestar de formas diferentes: desde um deslizamento sutil, que pode ser percebido apenas por olhos treinados, até um deslizamento mais evidente, onde parte do design da moeda fica fora de lugar, aumentando significativamente seu valor entre colecionadores.
Moedas com deslizamento de disco podem apresentar várias características, como letras ou números deslocados, partes da imagem principal descentradas ou, em casos mais extremos, uma borda totalmente assimétrica. Quanto mais pronunciado e perceptível for o deslizamento, mais valiosa a moeda tende a ser.
Observe, a seguir, a imagem do anverso da moeda de 2013. Note, aliás, como nesse caso o impacto da falha é bastante visível.
A importância do estado de conservação
O estado de conservação de uma moeda é crucial na determinação de seu valor. Mesmo moedas com erros significativos, como o deslizamento de disco, precisam estar em boas condições para alcançar preços elevados no mercado. A escala de conservação utilizada pelos numismatas ajuda a categorizar o estado de cada moeda:
- Flor de Cunho (FC): Moeda em condição impecável, sem nenhum sinal de desgaste, parecendo recém-produzida. Sendo assim, é a moeda mais cara de todas.
- Soberba (S): Moeda com desgaste mínimo, quase imperceptível a olho nu. Ainda tendem a valer bastante.
- Muito Bem Conservada (MBC): Moeda com leve desgaste, mas ainda mantendo a maior parte dos detalhes. Em muitos casos ainda são valiosas.
- Bem Conservada (BC): Moeda com desgaste moderado, porém que não chega a ser ruim. Por via de regra, os valores atribuídos a essa categoria são mais baixos.
- Regular (R): Moeda com desgaste significativo, sem a maioria dos detalhes originais. É uma moeda com grandes danos e que já não vale grande coisa.
- Um Tanto Gasta (UTG): Moeda com desgaste extremo. Essas são aquelas moedas mais danificadas, com manchas, arranhões, corrosão e outros problemas do tipo. Dessa forma, a não ser em casos de raridade excepcional, as moedas UTG nem sequer são mais colecionáveis.
Compreender a escala de conservação é fundamental para qualquer colecionador de moedas. Isso porque, como você acabou de ver, cada categoria oferece uma visão sobre a história e o uso de uma moeda, e influencia diretamente seu valor no mercado.
Conclusão
A singularidade do erro, combinada com o estado de conservação da moeda, são fatores determinantes para seu valor no mercado numismático. Portanto, ao encontrar uma moeda com tais características, é essencial avaliar cuidadosamente seu estado de preservação e considerar a opinião de especialistas para determinar seu valor real, garantindo assim um investimento seguro e potencialmente lucrativo.