Uma moeda comum de 10 centavos não tende a chamar a atenção de ninguém. Essas são peças de baixo valor nominal, que passam despercebidas na maior parte das vezes. No entanto, é possível que algumas dessas moedas contem com características únicas que irão aumentar seu valor.
Essa moeda de 10 centavos de 2013 com o erro conhecido como “boné” é um excelente exemplo desse fenômeno. Atualmente disponível por R$ 90 na plataforma TN Moedas, o exemplar se destaca por sua singularidade e escassez no mercado.
O erro de fabricação: “Boné” ou deslizamento de disco
O erro conhecido como “boné” ocorre quando o disco da moeda se desloca durante o processo de cunhagem. Esse deslizamento resulta em uma imagem descentrada, com parte do desenho principal deslocado em relação ao centro da moeda. O apelido “boné” vem da aparência da moeda, onde o desenho parece estar “usando um boné”, com uma borda desproporcional em uma extremidade.
O deslizamento de disco pode se manifestar em diferentes graus de intensidade. Em alguns casos, o deslocamento é sutil, com apenas uma pequena porção da imagem deslocada. Em outros, o erro é mais pronunciado, com uma parte significativa do desenho principal fora de alinhamento. Essas variações afetam o valor da moeda, com erros mais pronunciados geralmente sendo mais valorizados.
Por que moedas com erros valem?
Erros de fabricação são ocorrências raras porque resultam de problemas técnicos durante a produção das moedas. Esses erros não são intencionais e, portanto, ocorrem em quantidades muito limitadas. Para os colecionadores, a raridade e a singularidade de tais falhas tornam as moedas com essas características itens desejáveis, que acrescentam valor a uma coleção.
A importância da conservação
Uma outra questão muito relevante para quem coleciona esses objetos é o estado de conservação dos mesmos. A conservação é crucial porque moedas bem preservadas mantêm mais detalhes, o que é essencial para colecionadores que valorizam a estética e a integridade histórica das peças. Além disso, moedas em melhores condições tendem a ter maior demanda no mercado, o que se reflete em preços mais altos.
Escala de conservação
Para medir o estado de conservação de uma moeda, utiliza-se uma escala pré-determinada, composta por seis categorias principais. Cada uma das categorias reflete condições físicas de uma moeda. A depender da categoria na qual se encaixe uma unidade, o valor vai aumentar ou diminuir.
- Flor de Cunho (FC): Moeda em estado perfeito, sem nenhum sinal de uso ou desgaste. Todas as características originais, incluindo brilho, detalhes e contornos, são perfeitamente preservadas
- Soberba (S): Moeda com mínimos sinais de desgaste, quase imperceptíveis. É uma condição muito desejada entre os colecionadores, pois combina qualidade alta com uma pequena diminuição de custo em comparação com as moedas Flor de Cunho.
- Muito Bem Conservada (MBC): Moeda com um leve desgaste, mas preservando a maior parte dos detalhes. Moedas em MBC, apesar de apresentarem condições físicas inferiores em comparação às moedas FC e S, ainda são populares entre os colecionadores.
- Bem Conservada (BC): Moeda com desgaste moderado. Elementos principais como letras e figuras ainda são visíveis, mas menos nítidos. Apesar do desgaste, essas moedas ainda poderão valer alguma coisa a depender da raridade.
- Regular (R): Moeda com um desgaste significativo, resultando na perda de muitos detalhes. Essas moedas podem ter manchas, arranhões e outros sinais de circulação prolongada. São menos procuradas e também não valem grande coisa, na grande maioria das vezes.
- Um Tanto Gasta (UTG): Moeda extremamente desgastada, onde a maioria dos detalhes originais está totalmente irreconhecível. O relevo quase desapareceu por completo e os contornos são muito suaves. Podem apresentar danos significativos, como cortes, amassados ou corrosão.