O Minha Casa Minha Vida é um programa conhecido pelo oferecimento de melhores condições na aquisição de imóveis em geral. Isso acontece especialmente para aqueles que possuem renda familiar até R$ 8 mil.
No entanto, o que muitos não sabem é que o Minha Casa Minha Vida também tem condições de oferecer vantagens na aquisição dos imóveis usados. Então, existe diferença no processo? Qual é o passo a passo para conquistar a tão sonhada casa própria?
Vantagens e elegibilidade para adquirir um imóvel usado pelo Minha Casa Minha Vida
Entre as várias vantagens de se adquirir imóveis pelo Minha Casa Minha Vida está a taxa de juros bem mais baixa que o que é praticado no mercado. Além disso, como benefício principal, tem a possibilidade do subsídio. Contudo, é necessário atender a todos os requisitos do programa.
A saber, de acordo com o Ministério das Cidades, o imóvel usado corresponde a 25% de contratações das operações financiadas no ano de 2023. Ademais, é preciso entender o teto que o Minha Casa Minha Vida possui, seja para os imóveis usados quanto para os novos, é de, no máximo, R$ 350 mil.
Assim, para se enquadrar no que o programa pede, também é preciso ser a primeira residência ou a única da família. Em se tratando do subsídio, dependerá de vários diversos fatores que se referem integralmente ao comprador.
A maior diferença de adquirir imóveis usados pelo programa certamente é a taxa praticada dos juros. Esta varia conforme a renda. Ela é mais atrativa do que as outras taxas no mercado.
Novas condições vigorando a partir de 18 de maio
O Ministério das Cidades divulgou recentemente que o orçamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) destinará mais recursos para os descontos concedidos em operações de financiamentos dos imóveis usados para as famílias cuja renda é de, no máximo R$ 4,4 mil.
No entanto, as condições novas vigorarão no dia 18 de maio. Mas, para as regiões Sul e Sudeste, medida muda as regras também para a Faixa 3. Esta atende as famílias que têm renda de R$ 4,4 mil até 8 mil. Tem também o programa Pró Cotista, cujo foco são rendas acima de R$ 8 mil. Assim, fica estabelecido um cálculo novo no valor referente à entrada no ato da contratação do financiamento com os recursos do Fundo de Garantia para a aquisição do imóvel usado.
A razão que se tem do valor do financiamento e do valor da venda da residência não deverá ultrapassar o percentual de 75% para as famílias com a renda mensal bruta de R$ 5,5 mil até R$ 6,5 mil. Já para aqueles que têm renda de R$ 6,5 até R$ 8 mil, o percentual de razão é de 70%.
Portanto, na prática, as famílias darão entradas maiores em imóveis usados. Por conta disso, poderão priorizar as compras dos imóveis novos, exigindo entrada menor com os recursos próprios.
Como exemplo prático temos uma família com renda mensal de R$ 7,5 mil. Ela poderá adquirir um tipo de imóvel novo que vale R$ 265 mil. A entrada será de R$ 53 mil, ao invés de financiar o imóvel usado com igual valor, que seria necessária a entrada no valor de R$ 79,5 mil (significando 50% a mais).
Em ambas as situações, é considerado o comprometimento da renda com 25%, o prazo da amortização em 420 meses, o sistema da amortização Price, além das taxas de juros da faixa 3, que é 7,66%.
Como comprar um imóvel usado pelo Minha Casa Minha Vida
O interessado em adquirir um imóvel usado através do Minha Casa Minha Vida tem que se certificar se a residência está disponível e se a renda familiar se enquadra nos requisitos. Após optar pelo imóvel, deve-se acertar todos os detalhes do contrato de compra e venda, se dirigindo até o banco a fim de fazer o financiamento.
Em se tratando da Caixa, os clientes são encaminhados a um correspondente bancário. É ele quem fará o cadastro, além de solicitar a documentação necessária. Caso o financiamento seja aprovado, o cliente precisará pagar as taxas de engenharia, que é para que um engenheiro vá até o imóvel avaliar as condições do valor e da habitação. O banco, portanto, tem condições de financiar até 80% do total do imóvel.