De acordo com o relatório anual Índice de Tendências do Trabalho, produzido pela Microsoft e intitulado “Grandes Expectativas: permitindo que o trabalho híbrido funcione”, não somos as mesmas pessoas que estavam trabalhando no início de 2020. A empresa afirma que os últimos dois anos deixaram uma marca duradoura, mudando fundamentalmente a forma como as pessoas definem o papel do trabalho em suas vidas.
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Portanto, o desafio que cada organização terá a partir de agora envolve atender às grandes e novas expectativas dos funcionários, ao mesmo tempo em que equilibram os resultados de seus negócios em uma economia imprevisível.
Para ajudar os líderes a lidar com essas mudanças, o Índice de Tendências do Trabalho de 2022 descreve cinco tendências consideradas urgentes pela Microsof, descobertas a partir de um estudo externo que envolveu entrevistas com 31 mil pessoas de 31 países — incluindo o Brasil, Argentina, Colômbia e México na América Latina. O estutdod também contou com a análise de trilhões de sinais de produtividade do Office 365 e tendências de trabalho do LinkedIn, que pertence à Microsoft.
Os funcionários têm uma nova visão sobre o que “vale a pena”
Do total de trabalhadores pesquisados, 53% dizem que são mais propensos a priorizar sua saúde e bem-estar sobre o trabalho atualmente do que antes da pandemia. O percentual de funcionários latino-americanos é maior, com 70% deles priorizando sua saúde e bem-estar. No Brasil, o número aumenta para 71%.
A Microsoft chama isso de “Grande Reformulação” e diz que ela ainda não acabou: 44% da Geração Z e Millennials no Brasil estão propensos a considerar mudar de empregador este ano, contra 52% da média global e 47% na região da América Latina, que registrou um aumento de 3% em relação ao ano anterior.
Os gestores se sentem presos entre a liderança e as expectativas dos funcionários
Em geral, 50% dos líderes globais dizem que sua empresa está planejando um retorno ao trabalho presencial em tempo integral durante os próximos 12 meses – no Brasil, a porcentagem cai para 47%. No entanto, 52% dos funcionários globais provavelmente considerarão a transição para um modelo híbrido ou remoto em sua função atual nesse mesmo período. Localmente, o número é ainda maior e 58% dos trabalhadores brasileiros estão considerando essa transição.
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No Brasil, 34% dos gestores dizem que a liderança em sua empresa está desalinhada com as expectativas dos funcionários; e 73% declaram que não têm influência ou recursos para promover mudanças em suas equipes. Na América Latina, as porcentagens aumentam para 43% e 75%, respectivamente.
Por outro lado, 85% dos funcionários brasileiros afirmam que sua produtividade permaneceu a mesma ou melhorou em relação ao ano passado – o número é o mesmo para a América Latina. Já na média global, cai para 81%. Sendo que 27% dos líderes brasileiros sentem que a produtividade sofreu desde que o trabalho se tornou remoto/híbrido (versus 39% na América Latina e 54% na média global).
Os líderes precisam fazer o deslocamento até o escritório valer a pena
No total, 54% dos líderes globais estão atualmente focados — ou estarão dentro do próximo ano — na reformulação das salas de reunião para serem mais amigáveis ao trabalho híbrido (adicionando tecnologias e mudando o layout/mobiliário).
Os 38% dos funcionários híbridos globais entrevistados dizem que seu maior desafio é saber quando e por que ir até o escritório. Na América Latina, esse percentual corresponde a 39%. No entanto, apenas 28% dos líderes criaram acordos com a equipe para definir essas novas normas do ponto de vista global, contra 26% do ponto de vista regional. No Brasil, essa porcentagem aumenta para 31%.
O trabalho flexível não precisa significar estar sempre conectado
No geral, após dois anos, o tempo semanal de reuniões para o usuário médio do Teams aumentou 252%, e os chats enviados por pessoa a cada semana aumentaram 32% – e esse número ainda está crescendo. Enquanto o período de um dia de trabalho aumentou, globalmente, em 46 minutos, o trabalho pós-expediente e nos finais de semana aumentaram 28% e 14%, respectivamente.
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Reconstruir o capital social parece diferente em um mundo híbrido
Com 51% do total de trabalhadores híbridos pesquisados considerando uma mudança para o modelo totalmente remoto no próximo ano, sendo 58% na América Latina e o mesmo número no Brasil, as empresas não podem depender apenas do escritório para recuperar o capital social que perderam nos últimos dois anos.
No entanto, 42% dos líderes da América Latina e 34% dos líderes do Brasil dizem que a construção de relacionamentos é o maior desafio de ter funcionários trabalhando de forma híbrida ou remota. Deles, 53% na América Latina e 39% no Brasil estão preocupados que, desde a movimentação remota/híbrida, os novos funcionários não estejam recebendo a conexão e suporte necessários para serem bem-sucedidos.