Pais de alunos de Belo Horizonte, em Minas Gerais, têm pressionado as autoridades para a confirmação o quanto antes de uma data para a volta às aulas presenciais em 2021.
De acordo com o governo do estado, o início do ano letivo deve ocorrer em 4 de março. Entretanto, não há uma previsão para que as escolas reabram suas portas para atividades in loco.
Portanto, até o momento os estudantes continuarão em aulas remotas como acontece desde que a pandemia do novo coronavírus se instalou no país e continua fazendo milhares de vítimas.
Já a Prefeitura de BH não fez um anúncio oficial acerca do começo do ano letivo. Assim como não informou se haverá uma volta presencial dos alunos nas salas de aula da capital mineira.
Manifestos pelo retorno das aulas em BH
Para se manifestar sobre o assunto, os pais se organizaram para instalar outdoors por toda Belo Horizonte. Além disso, houve uma reunião com os responsáveis e o governo municipal para estabelecer como e quanto ocorrerá a volta às aulas.
“Estamos deixando claro que passou da hora de voltar. Agora, estamos às vésperas do Natal, mas, em 1º de fevereiro, tem que voltar. Não tem outra escolha”, diz a gerente comercial Sheila Freire, coordenadora do movimento Pais pela Educação. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) também participou do comitê.
De acordo com Sheila, o tempo longe da escola causou aos estudantes prejuízos à saúde mental por conta da falta de convívio social.
“Passou do limite. Crianças e adolescentes estão afastados do convívio social desde março, o que gera impacto para a saúde. Os problemas atingem crianças de classe média, mas, principalmente, crianças mais carentes. É uma questão de saúde mental, com registro de casos de depressão, irritabilidade, ansiedade, obesidade, falta de apetite”, afirma.
Outros fatores pontuados por ela se referem à exposição de crianças e adolescentes a problemas sociais graves, como o uso de drogas, maus tratos e abuso sexual.
A evasão escolar também entra no escopo de problemáticas. “Esses problemas têm sido relatados por médicos e assistentes sociais, que estão preocupados e alarmados com o crescimento desses casos”, opina.
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