A recuperação do mercado de trabalho continuou no quarto trimestre de 2021, quando ocorreu queda na taxa de desocupação com crescimento da força de trabalho e da população ocupada, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informa o Banco Central do Brasil (BCB) em recente divulgação do Relatório de Inflação (RI), divulgado neste mês de março de 2022.
Mercado de trabalho: PNAD Contínua e IBGE apontam recuperação gradual
Destaca-se que a recuperação da população ocupada tem sido disseminada, com avanços nos segmentos formal e, especialmente, no informal, que teve retração mais aguda em 2020 e breve interrupção da retomada em 2021 diante da piora da crise sanitária entre fevereiro e abril, ressalta o Banco Central do Brasil (BCB).
A retomada do mercado de trabalho
Conforme divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB), essa retomada do mercado de trabalho tem sido defasada em relação aos indicadores de produção e consumo.
Enquanto o PIB se aproximou dos níveis observados antes da pandemia no primeiro trimestre de 2021, o mesmo só ocorreu para a taxa de desocupação no último trimestre do ano: na métrica mensalizada e dessazonalizada, a desocupação atingiu 11,6% em dezembro, próximo ao nível dos meses que antecederam a pandemia, e 11,8% na média do último trimestre de 2021.
O mercado de trabalho ainda não está em patamar equivalente ao do período pré-pandemia
Todavia, tomando como referência a evolução da força de trabalho e da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, observa-se que o mercado de trabalho ainda não está em patamar equivalente ao do período pré-pandemia, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
A taxa de participação (razão entre a força de trabalho e a população em idade de trabalhar) e o nível de ocupação (razão entre a população ocupada e a população em idade de trabalhar) situam-se, respectivamente, em 62,4% e 55,0% no último trimestre de 2021, ainda abaixo de seus valores na média do último trimestre de 2019, 63,4% e 56,0% na devida ordem.
Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged)
Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), que abrange empregados com carteira de trabalho assinada, corroboram a continuidade da recuperação do mercado de trabalho, disseminada entre as atividades econômicas, no último trimestre de 2021 e em janeiro de 2022.
Entretanto, nos meses mais recentes, a geração líquida de vagas formais tem sido menor, conforme as admissões de novos trabalhadores arrefecem e os desligamentos crescem, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).