Apesar de todos os cuidados da saúde estarem voltados à Covid-19, o que não deixa de ser importante; outras doenças perigosas também vêm vitimando centenas de brasileiros, como é o caso da Dengue, entretanto, seus cuidados para prevenção seguem um tanto quanto preteridos.
Com quase um milhão de casos, só em 2020, segundo dados do Governo Federal, a Dengue levou mais de 500 pessoas à morte. Estados como Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal tiveram as maiores taxas.
Visto que a doença ainda não tem a vacina disponibilizada nos serviços de saúde pública como a da Covid, por exemplo, extinguir o Aedes Aegypti, mosquito transmissor, é a alternativa mais eficaz para evitar a sua propagação.
Os meios para isso já são bem disseminados pelos órgãos de saúde, tais como a limpeza de quintais e terrenos baldios, a fim de eliminar objetos e materiais que possam acumular água, colocar areia nos pratinhos de plantas, higienizar caixas d’água e calhas, entre outros.
Além disso, ao frequentar lugares de risco, onde a incidência de casos de dengue é alta, vale a pena apostar em repelentes, blusas de manga e calças compridas, a fim de evitar as possíveis picadas.
Agora, quem já está apresentando os sintomas, a grande dica é: não se automedique!
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Fique atento aos sintomas da Dengue!
Diante dos sintomas comuns da Dengue, muitas pessoas acabam confundindo com um resfriado ou gripe e realizam a automedicação. Um grande erro, que além de elevar o risco da agravação do quadro, pode também estimular o surgimento de sangramentos e hemorragias.
Entre os sintomas comuns da Dengue, fica o alerta para:
- Febre alta
- Dor de cabeça
- Erupções cutâneas
- Dores musculares e articulares
- Dor atrás dos olhos
- Fadiga
- Perda de apetite
- Náusea
- Manchas avermelhadas
Os casos mais graves podem levar a hemorragia intensa e choque hemorrágico, colocando a vida do individuo em risco.
Medicamentos que não podem ser usados em casos de Dengue
Medicamentos com efeitos anticoagulantes ou antigregantes plaquetários não devem ser usados em casos de suspeita ou confirmação de Dengue. Isto porque a coagulação do indivíduo acometido pelo vírus já está comprometida, devido à redução das plaquetas e esses remédio acabam estimulando sangramentos e hemorragias.
Dentre eles, os médicos proíbem o uso de composições com:
- Ácido acetilsalicílico: Analgesin, AAS, Aspirina, Doril, Coristina, Aceticil, Acetildor, Melhoral, Acidalic, Cafiaspirina, Sonrisal, Somalgin, Assedatil, Bayaspirina, Bufferin, Ecasil-81, Antitermin, Asetisin, AS-Med, Salicetil, Vasclin, Calmador, Cibalena A, Salipirin, Resprax, Salitil, Clexane, Migrainex, Effient, Engov, Ecasil;
- Ibuprofeno: Buscofem, Motrin, Advil, Alivium, Spidufen, Atrofem, Buprovil;
- Cetoprofeno: Profenid, Bicerto, Artrosil;
- Diclofenaco: Voltaren, Biofenac, Flotac, Cataflam, Flodin, Fenaren, Tandrilax;
- Naproxeno: Flanax, Vimovo, Naxotec, Sumaxpro;
- Indometacina: Indocid;
- Varfarina: Marevan;
- Dexametasona: Decadron, Dexador;
- Prednisolona: Prelone, Predsim;
O que fazer em caso de suspeita de dengue?
Diante do grande risco da automedicação, o mais indicado ao apresentar os sintomas da Dengue é buscar um atendimento médico, a fim de iniciar o tratamento adequado.
O médico pode prescrever alguns medicamentos para controlar os sintomas como paracetamol (Tylenol) e a dipirona (Novalgina), que ajudam a baixar a febre e a reduzir a dor, entretanto, vale lembrar que a Dengue não possui um tratamento específico, sendo necessário repouso, hidratação e tempo para sua recuperação.