Logo após o término das festas de Natal e Réveillon, começam a emitir os boletos. Embora esses gastos como do IPTU e IPVA se repitam anualmente, poucas pessoas se organizam financeiramente para saldá-los sem comprometer o orçamento mensal.
Embora consideremos os gastos típicos do início do ano como imprevistos que impactam nas finanças, na realidade, são despesas bastante previsíveis. Conhecemos esses custos e podemos planejar de forma mais eficiente.
Veja alguns desses gastos como o IPTU
Os gastos com IPTU, IPVA e material escolar estão entre os custos a considerar. Para manter o controle do orçamento doméstico, é crucial que a família estabeleça um planejamento ao longo do ano.
Além disso, os gastos mais conhecidos no início do ano incluem:
1. IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
2. IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)
3. Matrícula e material escolar
4. Seguros residencial, automotivo e de vida
Quem possui um imóvel próprio é responsável pelo pagamento do IPTU. No caso de aluguel, geralmente o locatário assume essa responsabilidade, embora seja possível haver uma transferência dessa obrigação. Proprietários e inquilinos são responsáveis pelo pagamento do IPTU, que pode ser quitado integralmente, com desconto, ou parcelado.
O IPTU incide sobre o valor venal do imóvel. Em São Paulo, a alíquota do imposto é de 1% sobre esse valor, com isenção para imóveis residenciais avaliados até R$ 230 mil. Além disso, há possibilidade de descontos para determinados tipos de propriedades.
É possível realizar o pagamento à vista, com desconto, em janeiro, ou parcelar em 12 vezes sem abatimento. Os descontos variam de acordo com as políticas adotadas pela prefeitura local.
Pagamento do IPVA
Os proprietários de veículos devem pagar o IPVA. Assim como no IPTU, o IPVA oferece a alternativa de pagamento à vista ou parcelado.
Esse imposto varia de 1% a 6% do valor do veículo, dependendo do tipo de automóvel e do estado. Na maioria dos estados, utiliza-se a tabela Fipe como referência para estipular o valor de veículos seminovos.
A cobrança do IPVA tem início em janeiro, oferecendo a escolha entre quitação em cota única, com desconto de 3% (na cidade de São Paulo), ou pagamento da primeira parcela. O parcelamento ocorre em cinco vezes e é finalizado em maio.
Material escolar
Em dezembro do ano anterior, as escolas particulares começam a enviar às famílias dos alunos a lista de material escolar, que geralmente deve ser adquirida até janeiro.
As escolas particulares costumam conceder descontos para o pagamento anual da matrícula e mensalidade escolar.
No entanto, para escolher essa alternativa, é necessário que se mantenha uma reserva mínima aplicada em renda fixa, correspondente ao valor equivalente a três meses de despesas, após o pagamento à vista.
Qual estratégia é mais apropriada para saldar essas despesas do IPTU e IPVA?
É recomendável manter uma reserva específica para esse período. Você pode formar essa economia ao longo do ano ou utilizar parte do décimo terceiro salário para isso.
Para quem não dispõe de uma reserva para honrar esses pagamentos em janeiro, é aconselhável começar a planejar os gastos do ano de 2025.
Aqueles que possuem uma reserva que cubra, pelo menos, três meses de despesas, podem aproveitar os descontos oferecidos no IPTU e no IPVA. Esse planejamento é crucial para evitar ficar sem capital em uma situação de emergência, que possa exigir um empréstimo com juros.
Fazer um orçamento ao longo de todo o ano é fundamental. Registrar as receitas, despesas mensais habituais e prever os gastos anuais são passos cruciais.
Controle dos gastos IPTU e IPVA
Administre as parcelas para evitar impactos nos meses subsequentes. Registrar todos os gastos adicionais de janeiro é fundamental caso não se possua uma reserva, a fim de evitar comprometer o orçamento com os pagamentos parcelados nos meses seguintes.
Além disso, buscar por oportunidades de renda extra por meio de trabalhos freelancer pode ser uma alternativa.
Empréstimos só em último caso
Recorrer a um empréstimo financeiro deve ser a última opção. Se não for possível reduzir despesas ou gerar renda extra, e a necessidade de empréstimo para esses gastos for real, é crucial revisar o registro das despesas do próximo ano para avaliar a capacidade de pagar as parcelas do empréstimo.
Antes de assinar qualquer contrato, é fundamental comparar o Custo Efetivo Total (CET) das operações para identificar a opção com menor custo. As linhas de crédito garantidas (como o consignado, ou empréstimos com garantia de veículo e imóvel) costumam ter taxas mais baixas, porém é necessário realizar uma análise criteriosa das condições de cada uma delas.