Veja o que deve mudar no Pix a partir do mês de novembro

Martelo batido, NOVA MUDANÇA no PIX é confirmada e pega brasileiros de surpresa

A partir do mês de novembro, o sistema do Pix vai passar por algumas mudanças no Brasil. A informação foi confirmada por agentes do Banco Central (BC) na terça-feira, 02 de maio. Segundo eles, as alterações deverão ter como finalidade o aumento da segurança dos usuários que optam por este sistema de transferência de dinheiro.

As duas medidas que começam a valer a partir de novembro são:

  1. A notificação de infração;
  2. A consulta de informações vinculadas às chaves PIX para análise antifraude. 

A notificação de infração é uma espécie de funcionalidade que vai permitir que diferentes instituições possam realizar uma marcação das chaves e de usuários que estão sob suspeita de fraude em uma determinada transação. Na prática, é uma espécie de etiqueta virtual específica para identificação de infrações.

A partir deste sistema, as instituições poderão contar com um catálogo com novos campos de especificação. Assim, ficará mais fácil separar crimes como golpes, estelionatos, invasões de contas e coações, por exemplo. Também se tornará mais fácil especificar o tipo de fraude cometida.

Já a ampliação do conjunto de dados de segurança do Pix vai ajudar na disponibilização de informações para que instituições possam analisar com mais cuidado os dados destas contas. Assim, o processo de análise dos sistema antifraude poderá se tornar um pouco menos burocrático.

Este acesso já era disponibilizado pelo BC para as instituições financeiras antes mesmo deste anúncio de hoje. Contudo, a diferença agora é que o Banco Central está disposto a aumentar o leque de informações que serão disponibilizadas, além de elevar o tempo em que elas poderão ser compartilhadas para análise.

Hoje, as instituições podem contar com informações de até seis meses antes do pedido. A partir de novembro, a ideia é que este sistema disponibilize os dados de até cinco anos atrás. As instituições poderão consultar os dados através do Pix do usuário, durante 24 horas por dia, todos os dias do ano.

Objetivo é combater a fraude

De acordo com o Banco Central, a ideia de modificar alguns pontos sobre o compartilhamento de dados do sistema do Pix surgiu em um contexto de aumento no número de golpes envolvendo a ferramenta. O BC acredita que as alterações poderão ajudar a identificar possíveis golpistas.

“O resultado dessas mudanças é uma maior eficácia no combate à fraude, uma vez que as instituições passarão a ter melhores subsídios para aprimorar os próprios modelos de prevenção e detecção de fraude”, disse Breno Lobo, que atua como consultor na Gerência de Gestão e Operação do Pix, por meio de nota.

“Na prática, as instituições terão melhores condições de atuar preventivamente (rejeitando transações fraudulentas ou bloqueando cautelarmente os recursos) e, em última instância, resultará em maior proteção aos usuários”, completo Lobo.

“A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix e é entendida como um processo contínuo, pois novas formas de fraude e golpes surgem com frequência. Em função disso, o BC atua de forma permanente para garantir a manutenção do elevado patamar de segurança do Pix”, disse o BC por meio de nota recente.

Golpes com o Pix

Ninguém esta totalmente livre da possibilidade de sofrer um golpe dentro do sistema do Pix. Neste sentido, é importante atentar para algumas dicas gerais para diminuir as chances de se tornar uma vítima.

Uma das principais dicas é não transferir dinheiro através do seu Pix para familiares ou amigos que enviam mensagens para os seu celular pedindo um depósito urgente. Há grandes chances de o WhatsApp que enviou a mensagem ter sido clonado. É importante confirmar por outro meio para saber se o contato realmente se trata da pessoa de confiança.

Golpistas também costumam criar falsas centrais de atendimento para se passar por atendentes de bancos. Também é importante não transferir o dinheiro.

Especialistas dizem ainda que é importante evitar clicar em links suspeitos na internet. Apenas com um clique, o usuário pode instalar algum vírus no celular, que poderá tentar ter acesso ao app do seu banco.

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