Marília de Dirceu: resumo da obra cobrada no Vestibular Fuvest 2024
“Marília de Dirceu”, publicada no ano de 1792, é uma obra poética de Tomás Antônio Gonzaga, poeta do arcadismo brasileiro.
Além de ser abordado com frequência por questões de literatura dentro das principais provas do país, o livro foi selecionado para fazer parte da lista de leituras obrigatórias da edição 2024 do Vestibular da Fuvest, processo seletivo que permite o acesso dos candidatos aprovados à USP (Universidade de São Paulo).
Dessa forma, para te ajudar a turbinar a sua preparação, o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo aquilo que você precisa saber sobre “Marília de Dirceu” para a Fuvest. Confira!
“Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga
“Marília de Dirceu” é uma obra escrita pelo poeta luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga.
Publicada em 1792, a obra é um exemplo do arcadismo, movimento literário caracterizado pela exaltação da natureza, pela valorização da simplicidade e pela idealização do amor.
“Marília de Dirceu” adquiriu grande importância na literatura brasileira pelo seu valor estético e também pela sua relevância histórica. De uma forma geral, podemos dizer que a representa um marco no movimento árcade, influenciando gerações de escritores posteriores. A obra está disponível para compra em diversas edições e também para acesso gratuito via Domínio Público.
Principais características
Nos poemas que compõem “Marília de Dirceu”, Dirceu expressa os seus sentimentos por Marília, personagem feminina idealizada. Porém, a relação entre os dois é marcada pela impossibilidade e pelo sofrimento, uma vez que Dirceu era muito mais velho do que a jovem.
Ao longo da obra, o poeta expressa os seus sentimentos por meio de diversos recursos literários, como metáforas e a antíteses. “Marília de Dirceu” também traz poemas que abordam questões políticas e sociais, além de críticas às injustiças da sociedade colonial brasileira.
É válido destacar que “Dirceu” é o pseudônimo de Tomás Antônio Gonzaga e que “Marília” é o pseudônimo de uma jovem que realmente existiu e que se chamava Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão. Lembre-se de que o uso de pseudônimos era muito comum entre os poetas do arcadismo.
Contexto histórico
Além de suas características enquanto parte do movimento árcade, “Marília de Dirceu” não pode ser estudada fora de seu contexto histórico. A obra foi escrita durante o período conhecido como “Brasil Colônia” e reflete elementos diversos da época, especialmente da região de Minas Gerais.
Nesse período, o Brasil era uma colônia de Portugal e vivia intensamente o ciclo do ouro, com a descoberta de ricas minas na região que hoje conhecemos como Minas Gerais. A descoberta do ouro e de outros metais no local provocou uma movimentação econômica e social, atraindo pessoas de diversas partes do país.
A política da colônia brasileira era governada pela Metrópole portuguesa, que controlava as atividades econômicas que aconteciam no Brasil. É importante destacar que os portugueses queriam obter o máximo de lucro com a exploração das riquezas do Brasil, especialmente com o outro de Minas Gerais.
Nesse contexto, um grupo de revoltosos que queriam a libertação de Minas Gerais do domínio português organizaram a Inconfidência Mineira. Tomás Antônio Gonzaga foi um dos participantes do movimento e acabou sendo preso. Esse fato também é um dos motivos que impossibilita o amor entre Dirceu e Marília no livro “Marília de Dirceu”.
Devido à participação de seu autor de forma direta na política na época, “Marília de Dirceu” traz uma série de reflexões sobre as inquietações desse período histórico no Brasil. Tomás Antônio Gonzaga usa a figura de Dirceu ao longo dos poemas para expressar não somente seus sentimentos amorosos, mas também suas ideias sobre a liberdade e a opressão, principalmente em alguns poemas da obra que expressam de forma clara a insatisfação do autor diante das limitações impostas pelos políticos portugueses da época.