A Petrobras anunciou um reajuste no preço da gasolina e do gás de cozinha (GLP) para suas distribuidoras que deve começar a valer a partir deste sábado. A companhia informou que o preço médio da gasolina deve passar de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro. Sendo assim, haverá um reajuste médio de R$ 0,20 por litro.
Já o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) deve passar de R$ 3,60 para R$ 3,86 por kg. Esse valor é equivalente a R$ 50,15 por botijão de 13kg, o que representa um reajuste médio de R$ 0,26 por kg. Recentemente Jair Bolsonaro (sem partido) falou sobre a possibilidade do preço do GLP ser reduzido, apesar disso, a mudança depende da venda direta dos botijões, sem que eles passem por distribuidoras.
Os reajustes na gasolina e gás de cozinha foram os únicos divulgados pela Petrobras nesta semana. Apesar disso, no final de setembro houve um reajuste no preço do diesel, após uma estabilidade de 85 dias.
Motivos para o aumento da gasolina e GLP
De acordo com a Petrobras, a elevação no preço da gasolina e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) tem relação com os patamares internacionais de preço do petróleo. Além da grande demanda mundial, a taxa de câmbio acaba interferindo no valor do produto que chega aos consumidores finais.
É importante saber que o dólar e a cotação do petróleo vem ganhando mais influência no preço dos combustíveis no país desde 2016. Isso tem ocorrido desde que a Petrobras passou a utilizar o Preço de Paridade Internacional (PPI), ou seja, o valor varia de acordo com as flutuações do mercado internacional.
“Após 95 dias com preços estáveis, nos quais a empresa evitou o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais” disse a Petrobras sobre o GLP.
A companhia ainda afirmou que os ajustes tanto na gasolina quanto no GLP são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem risco de desabastecimento.
Bolsonaro volta a criticar a Petrobras
Nessa semana, o presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar a Petrobras e responsabilizar a companhia pela alta no preço dos combustíveis. O líder do executivo citou um prédio que, segundo ele, possui um aluguel de mais de R$ 1 milhão.
“Temos um prédio muito bonito em Vitória que está mais da metade subutilizado, e a tendência é 90% do prédio não ser mais utilizado. Vamos vender, [mas falam] ‘presidente, não dá para vender, ninguém vai querer comprar, porque o prédio foi construído em um terreno alugado”, disse Jair Bolsonaro.
“R$ 1,7 milhão por mês para aluguel do terreno. É igual agiota, que não quer pague a conta, quer todo mês pegar seu dinheiro. Agiotagem, entre aspas, com dinheiro público. Quem paga a conta? Todos vocês que botam combustível no carro.” acrescentou o presidente.
Além de criticar a Petrobras, o presidente tem criticado os governadores estaduais por conta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo o presidente, para que haja uma redução no preço dos combustíveis como a gasolina é preciso que o ICMS seja reduzido.