Entre as medidas que estão voltando com o 3º mandato do presidente Lula está o programa Mais Médicos. A iniciativa tinha sido lançada na regência da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013.
Na época, a então presidenta foi fortemente criticada por trazer médicos estrangeiros, na sua grande maioria, cubanos, para que pudessem trabalhar em nos locais mais necessitados do país.
Todavia, de acordo com o que foi visto até o momento, no governo Lula as coisas serão um pouco diferentes. Cerca de R$ 712 milhões serão investidos com o objetivo de contratar 15 mil profissionais da saúde.
Neste sentido, confira qual é o perfil de médico que o governo procura para participar do programa.
Em suma, a nova versão do programa Mais Médicos vai ter como prioridade os profissionais que já trabalham no país. Todavia, se houver demanda, serão procurados os brasileiros formados no exterior.
Todavia, caso não haja necessidade, o governo fará contato com profissionais da área no âmbito internacional. Veja o que o presidente Lula falou a respeito disso:
“Nesse momento, o foco está em garantir a presença de médicos brasileiros no Mais Médicos, um incentivo aos profissionais do nosso país. Se não houver quantitativo, teremos a opção de médicos brasileiros formados no exterior. E, se ainda assim não tivermos os profissionais, optaremos por médicos estrangeiros. O nosso objetivo não é saber a nacionalidade do médico, mas a nacionalidade do paciente, que é um brasileiro que precisa de saúde.” – disse o presidente durante a cerimônia de lançamento do programa Mais Médicos.
O Mais Médicos será relançado com o objetivo de levar os profissionais da saúde a regiões remotas do país. No entanto, deve passar por uma reformulação antes de ser implementado oficialmente.
Conforme o Ministério da Saúde, além promover ações para o recebimento de mais médicos, o programa também se atentará aos processo de formação desse profissionais, de modo que não abandonem seus postos por necessidade de especializações.
A intenção é que cada um permaneça no local designado por ao menos quatro anos. Acontece que, segundo o Ministério da Saúde, um dos motivos para que haja uma alta rotatividade de profissionais é a desistência por motivos de uma nova formação.
Assim, com a nova estratégia, será possível contemplar a ampliação do número de vagas de residência nas áreas prioritárias para o SUS (Sistema Único de Saúde).
No mais, haverá um incentivo a mestrado e pós-graduação em Atenção Primária à Saúde e Medicina da Família e Comunidade. O objetivo é oferecer uma formação curricular de acordo com a realidade dos atendimentos médicos na atenção primária do SUS.
“O fato é que o programa será ampliado, incluindo inclusive a formação de especialidades na atenção básica, ou seja, nós vamos elevar a oferta de serviço, não apenas de forma quantitativa, mas qualitativa… Isso [o uso de estrangeiros] está sendo definido, a prioridade será para os brasileiros”, afirmou.
Desse modo, o profissional poderá contar com um guia teórico aliado às experiências práticas para cooperar com a sua atuação. Por este motivo, é possível que a iniciativa aumente o número de pós-graduados stricto sensu com mestrado no Brasil.
Ainda neste mês de março, o governo vai lançar um edital com oferta de 5 mil vagas. Após o preenchimento dessas oportunidades, no segundo semestre deste ano, 10 mil vagas serão disponibilizadas para que haja participação dos municípios interessados.