De acordo com o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, o programa Mais Médicos voltará durante o atual mandato de Lula. A iniciativa será relançada com o objetivo de levar os profissionais da saúde a regiões remotas do país. No entanto, deve passar por uma reformulação antes de ser implementado oficialmente.
Conforme o Ministério da Saúde, além promover ações para o recebimento de mais médicos, o programa também se atentará aos processo de formação desse profissionais, de modo que não abandonem seus postos por necessidade de especializações. A intenção é que cada um permaneça no local designado por ao menos quatro anos.
Acontece que, segundo o Ministério da Saúde, um dos motivos para que haja uma alta rotatividade de profissionais é a desistência por motivos de uma nova formação. Assim, com a nova estratégia, será possível contemplar a ampliação do número de vagas de residência nas áreas prioritárias para o SUS (Sistema Único de Saúde).
O que se sabe até o momento é que haverá um incentivo a mestrado e pós-graduação em Atenção Primária à Saúde e Medicina da Família e Comunidade. O objetivo é oferecer uma formação curricular de acordo com a realidade dos atendimentos médicos na atenção primária do SUS.
“O fato é que o programa será ampliado, incluindo inclusive a formação de especialidades na atenção básica, ou seja, nós vamos elevar a oferta de serviço, não apenas de forma quantitativa, mas qualitativa… Isso [o uso de estrangeiros] está sendo definido, a prioridade será para os brasileiros”, afirmou.
Desse modo, o profissional poderá contar com um guia teórico aliado às experiências práticas para cooperar com a sua atuação. Por este motivo, é possível que a iniciativa aumente o número de pós-graduados stricto sensu com mestrado no Brasil.
Ademais, aqueles que permanecerem no programa por até quatro anos terão reconhecimento com o incentivo à prova de título de especialidade, além de um auxílio de mais de 90% do pagamento do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
Neste mês de março, 5 mil vagas serão abertas por meio de editais. Outras 10 mil vagas serão ofertadas com uma certa autonomia dos municípios, que terão um contato maior com o procedimento do programa, podendo identificar as necessidades da região e supri-las.
Até o momento, não se sabe se o programa será lançado nos mesmos moldes do antigo. Na época, eram contratados médicos estrangeiros que tinham interesse em atuar em regiões remotas do Brasil.
No entanto, de acordo com as informações, a nova versão do programa contará com a validação de diplomas de medicina. Assim, profissionais brasileiros que se formaram no exterior e estrangeiros passarão por uma avaliação para definir se estão aptos.
“Dentro do programa de atendimento aos médicos nós vamos voltar, dentro desse escopo, a fazer a validação de diplomas de brasileiros que se formaram no exterior. Então o programa de revalidação volta para disponibilizar e possibilitar que essas pessoas possam trabalhar tendo em sua formação validada e possam trabalhar ajudando a alcançar essa assistência”, completou o ministro.