Mais de 450 mil pessoas já solicitaram auxílio-doença pela internet

Mais de 450 mil pessoas já solicitaram auxílio-doença pela internet

Quase meio milhão de brasileiros já solicitaram auxílio-doença apenas com um atestado. Veja o que muda no novo formato

Mais de 450 mil brasileiros de todas as regiões do país já solicitaram o auxílio-doença através do sistema do Atestemed, desde que ele foi lançado em julho deste ano. Este é um procedimento que permite que o cidadão solicite o benefício apenas com o atestado médico, ou seja, sem a necessidade de uma perícia presencial.

Dados oficiais do Ministério da Previdência apontam que 452.028 pessoas já realizaram este requerimento pelo site oficial, ou pelo aplicativo do Meu INSS.

“Desde que a portaria conjunta 38 foi publicada em julho passado, 452.028 pessoas optaram pela troca da perícia médica por análise documental. Em setembro, 635.482 pessoas aguardavam perícia inicial para o auxílio-doença, segundo dados do Portal da Transparência”, diz o Ministério da Previdência.

Não tenho internet

As pessoas que não possuem conexão com a internet também não precisam se preocupar. De acordo com a pasta, desde a segunda-feira (23), o INSS também começou a permitir que a solicitação via Atestemed seja feita nas agências da Previdência Social.

Assim, as pessoas que não têm esta conexão podem se dirigir até uma unidade mais próxima do INSS e contar com a ajuda de um servidor para realizar o requerimento. Somente na segunda-feira (23), 375 pessoas procuraram estas sedes para a realização deste serviço.

Esta facilidade foi adotada porque a partir de agora, o governo permite que cidadãos que tenham conta gov.br nível bronze também possam fazer a solicitação. Antes, apenas aqueles que tinham nível prata ou ouro é que tinham o direito de solicitar este serviço pelo canal.

Mais de 450 mil pessoas já solicitaram auxílio-doença pela internet
Pedido também pode ser feito em agências do INSS. Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Como funciona o Atestmed

Pelo Atestemed, o cidadão pode enviar os atestados de forma digitalizada. Na sequência, um médico perito poderá analisar a documentação mesmo à distância. Se o documento for considerado insuficiente, ou mesmo irregular, o profissional poderá requerer o atendimento presencial.

“A expectativa é de que com os mutirões de avaliação médica e social, as ligações em curso para os segurados pelo telefone (11) 2135 0135 para sugerir a troca do atendimento presencial pelo documental, a simplificação para anexar o Atestmed sem precisar usar login e senha na plataforma Gov.br e agora com a recepção do documento nas agência para Previdência Social a fila de pessoas em espera pela análise do benefício por incapacidade temporária chegue a dezembro com os requerimentos dentro do prazo legal (45 dias)”, diz o Ministério.

“O INSS também usa SMS para entrar em contato com os segurados. O número da Central 135 é 28041 e agora ganhou o reforço da Secretaria de Governo Digital com os números 29230, 27030 e 92716”, completa.

Fila de espera do INSS

Em entrevista recente, o Ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) disse que não é possível acabar com a fila de espera para benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“Nunca vai acabar (a fila de espera). O parâmetro de aceitabilidade é de até 45 dias de espera. Pretendo (chegar a) isso até o fim do ano com o mutirão e o pagamento de bônus”, disse o Ministro em entrevista ao jornal O Globo.

Ele foi perguntado por jornalistas sobre o prazo que o governo tem para acabar com a lista. Esta é a primeira vez que o Ministro da Previdência assume publicamente que não vai conseguir zerar a fila de espera do INSS. Desde que assumiu o cargo à frente da pasta, Lupi vinha dizendo que poderia zerar a fila de espera até o final deste ano de 2023, o que estava animando os segurados.

“A nossa intenção é zerar a fila de espera e voltar ao que era no governo Lula, de cinco dias (de prazo máximo) para a obtenção do benefício”, disse ele ainda no dia 1º de janeiro deste ano, quando tomou posse como o novo Ministro da Previdência da terceira gestão do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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