Mais de 38 milhões vivem em lares sem emprego formal ou informal

Dados do IBGE apontam que mais de 17% da população vivia sem nenhum tipo de emprego formal ou informal em 2021

Mais de 38 milhões de brasileiros viviam em lares sem empregos formais ou mesmo informais no ano de 2021. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, este número representa 17,9% da população brasileira. São pessoas que precisam viver à custa de auxílios de caráter social ou previdenciário.

O IBGE estima ainda que há uma massa de mais de 4 milhões de pessoas que estão vivendo sem empregos formais, informais, e sem nenhuma ajuda financeira assistencial ou previdenciária. São indivíduos que precisam pedir dinheiro nas ruas, ou dependem diretamente de doações para conseguir comer um pouco durante o dia.

O cenário de 2021, é o segundo pior desde 2012, quando se começou a série histórica de pesquisas sobre este assunto. O pior momento foi registrado em 2020, no primeiro ano da pandemia até aqui. Na ocasião, várias famílias tiveram que ficar em casa para tentar evitar a propagação do vírus. Muitas delas não tiveram acesso a nenhum tipo de trabalho neste meio tempo.

Dados do IBGE apontam que o retorno do trabalho informal, que cresce no Brasil há alguns meses, não estaria sendo suficiente para conter esta onda. Afinal de contas, a avaliação do Instituto é de que a informalidade estaria voltando com salários menores, vínculos mais frágeis e diminuição no número de serviços nesta área.

“Muitas pessoas perderam o pouco capital que tinham, coisas simples, como uma barraca, um carrinho de pipoca para conseguir se manter ou pelo menos alugar. Durante a pandemia, sem fonte de recurso, tiveram que vender esse capital. Essas famílias estão vivendo uma situação muito difícil”, disse Naercio Menezes Filho, diretor do Centro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância do Insper e professor da USP, em entrevista ao jornal O Globo.

Quais auxílios o Governo paga hoje?

Quem não tem nenhum emprego e possui uma renda per capita de até R$ 210, pode procurar pela ajuda do Governo Federal. Para este público, o Ministério da Cidadania oferece o Auxílio Brasil, que faz liberações mensais de, no mínimo, R$ 600 por família.

Pessoas que possuem uma renda per capita de até meio salário mínimo, ou seja, R$ 606, também possuem uma chance de receber o vale-gás nacional, que faz pagamentos médios de R$ 100 a cada dois meses. As entradas nestes programas não são automáticas.

O cidadão que necessita das ajudas, carece inicialmente se inscrever no Cadúnico do Governo Federal. Logo depois, ele precisa esperar até que o Ministério da Cidadania selecione o seu nome. Não há um prazo oficial regulamentar de espera. O período de aguardo varia a depender do cidadão.

Proposta para o emprego

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que poderá pagar um adicional de R$ 200 por mês para os usuários que fazem parte do Auxílio Brasil e conseguirem um emprego. A proposta não é nova, mas ainda não foi regulamentada.

Quem ainda não faz parte de nenhum programa social, e deseja ter mais chances de entrar, pode contatar a prefeitura da sua cidade. É através da gestão municipal que o cidadão consegue entrar no sistema do Cadúnico.

Hoje, estima-se que mais de 21 milhões de brasileiros estejam dentro do Auxílio Brasil. Ao mesmo passo, dados de instituições apontam que mais de 33 milhões de cidadãos estão passando por algum grau de fome no país.

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