Economia

Mais de 1,4 milhão de pessoas não movimentaram auxílio emergencial

Parece impossível de acreditar, porém aproximadamente  1,4 milhão de brasileiros não movimentaram os recursos do auxílio emergencial dentro do prazo de validade instituído pelo decreto nº 10.316/2020.

Ao todo o valor não retirado somou R$ 1,3 bilhão. O montante foi devolvido aos cofres da União. Isso porque a última oportunidade de utilizar os valores se encerrou no dia 27 de janeiro.

Ainda para os beneficiários do Bolsa família o prazo para movimentar o montante é de 270 dias. Isso para aqueles que foram beneficiados com auxílio extensão de R$ 300.

O crédito foi liberado em contas de Poupança Social digital. Primeiro o valor era liberado apenas online, o que permitia o pagamento de conta e boletos, depois era possível sacar ou transferir os valores para outras contas.

O que propõem os projetos de lei do auxílio?

Ao menos quatro projetos propõe a volta do auxílio emergencial, veja abaixo o que diz cada um.

– PL 5536/20: Estende até março deste ano o auxílio emergencial, com parcelas no valor R$ 600  mensais. O projeto é de autoria do deputado André Javones (Avante-MG).

– PL 5509/20: Projeto estende o benefício também até março, com o pagamento fixado em parcelas de R$ 600. O autor do texto é o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).

– PL 5514/20: Já o deputado Fábio Henrique (PDT-SE), propõe que o benefício seja pago até junho,  em até seis parcelas mensais no valor de R$ 600.

– PL 5495/20: Este projeto além de propor a volta do auxílio emergencial, pede também que seja prorrogado o estado de calamidade. Isso implicaria que o pagamento de R$ 300 fosse mantido e sem furar o teto de gastos. Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Esperidião Amin (PP/SC) assinam como autores do texto.

Auxílio emergencial vai voltar?

Ainda não se sabe. Aliados e opositores têm se pronunciado a favor da volta do auxílio emergencial. Mas, o que preocupa, é de onde sairia os recursos para renovação do benefício, uma vez que não é possível atingir o teto de gastos.

Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou nesta semana que para o benefício continuar poderiam ser necessários parar os investimentos até na área da saúde. Ele também afirmou que os servidores também podem ser afetados.

“Estado de guerra significa o seguinte: não tem aumento de salário durante dois anos para o funcionalismo, os pisos estão todos bloqueados, acabou esse negócio de subir automaticamente”, afirmou Guedes.

Saiba o que pensam outros parlamentares sobre o auxílio emergencial. 

Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro afirma que o benefício não será renovado. “Lamento, o pessoal quer que continue, vai quebrar o Brasil. Vem inflação, descontrole da economia, vem um desastre atrás disso aí. E todo mundo vai pagar caríssimo. E temos que trabalhar”, disse o presidente em transmissão ao vivo em suas redes sociais na sexta-feira (29).