Mais de 11 mil famílias se desligaram voluntariamente do Bolsa Família em 2019
Em 2019, mais de 11 mil famílias já solicitaram desligamento voluntário do Bolsa Família
Desempregada e responsável por criar sozinha os três filhos, dona Maria do Socorro Félix, conseguia apenas fazer alguns bicos como doméstica, babá ou lavadeira. Em 2005, com filhos de 14, 13 e 12 anos, dona Maria buscou auxílio do Programa Bolsa Família para complementar a renda da casa.
Recentemente, ela conquistou um emprego de doméstica, com carteira assinada, em Barbalha, no Ceará. Na mesma semana, ela procurou o órgão responsável em sua cidade e cancelou o Bolsa Família. A explicação é simples. Segundo a doméstica, existem famílias mais necessitadas. “Fui muito beneficiada porque lá em casa eu sempre fui mãe e pai, com três filhos. Me ajudou muito. No momento, graças a Deus, tenho emprego, então posso abrir mão e deixar para que o dinheiro ajude outras pessoas que precisam mais do que eu. Não custa nada fazer o bem”, contou.
Em 2019, mais de 11 mil famílias já solicitaram desligamento voluntário do Bolsa Família. Segundo a diretora do Departamento de Benefícios do Ministério da Cidadania, Caroline Paranayba, se a família que solicitou o desligamento voluntário precisar novamente do benefício, o processo é simples. “Se a família pediu o desligamento voluntário até 36 meses atrás, basta fazer a conta; se foi a menos de 3 anos, é só procurar o setor responsável pelo Bolsa Família na sua cidade, levar a documentação e solicitar a reversão do cancelamento.”
Famílias consideradas abaixo da linha da pobreza, com renda per capta de até R$ 178 por mês, tem retorno garantido ao programa. Para solicitar a reinclusão, o beneficiário deve procurar o setor responsável pelo Bolsa Família de seu município. É necessário levar CPF ou título de eleitor e documento de identificação do responsável familiar. Além disso, é preciso apresentar a documentação de todos os integrantes da família, para atualizar o cadastro.
Fonte: Mixvale.