Apresentado no final de 2021, o Metaverso foi apresentado por Mark Zuckerberg, co-fundador do Facebook e dono da Meta (a empresa que gerencia os negócios da rede social) como uma internet incorporada onde você está na experiência. Basicamente, é a evolução da realidade virtual, onde o usuário não apenas olha para ela por uma tela de computador; ele é capaz de entrar nela para vivenciar experiências virtuais. O conceito, no entanto, não está claro para a maioria dos norte-americanos.
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De acordo com uma pesquisa da NordVPN, mais da metade dos entrevistados (55%) não sabe do que se trata o Metaverso e apenas 14% souberam explicar o que é e como ele funciona. Conforme explicado o conceito da plataforma, 24% dos norte-americanos disseram que ela pode mudar total ou parcialmente (42%) as mídias sociais, visto que por meio dela é possível encontrar amigos de todo o mundo em uma realidade virtual ou ainda discutir negócios com parceiros sem sair do escritório.
No entanto, há preocupações de segurança. Metade dos entrevistados (50%) afirma que pode ser fácil para os hackers se passarem por outras pessoas e 47% alegam que as identidades dos usuários não serão protegidas legalmente.
Problemas de privacidade
Também há o receio de que essa tecnologia seja usada para diminuir o controle da privacidade por seus usuários. No que tange à preocupação do Metaverso em relação a isso, 87% afirmaram que ele pode afetar sua privacidade. Outros 45% acham que serão forçados a compartilhar ainda mais seus dados privados, que podem ser utilizados posteriormente (45%).
A preocupação tem motivo. É sabido que o Facebook aparece constantemente na lista anual das maiores violações de dados e, ao longo dos anos, ficou evidente que os dados privados estão em risco. Especialistas da NordVPN reconhece que qualquer plataforma de mídia social pode ser usada para propósitos bons ou ruins, mas espera que os riscos de privacidade sejam abordados de uma maneira mais eficiente do que foi visto pelo Facebook.
Além disso, embora preocupados com a privacidade, a curiosidade sobre a plataforma é maior. A maioria (74%) afirmou que entraria, ou consideraria entrar, no Metaverso, por diversos motivos: 41% para experimentar coisas que não podem na realidade física, 40% para comunicar-se com outras pessoas, 28% para fugir do ambiente ou até mesmo querer se tornar uma pessoa diferente (23%).
O metaverso para os brasileiros
Não há um estudo sobre a opinião geral dos brasileiros sobre o metaverso, mas segundo a 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), os gamers brasileiros estão interessados em ampliar as interações que ocorrem nos games através do conceito de metaverso.
Quase dois terços (63,8%) sabem o que é o metaverso, enquanto uma parcela considerável de jogadores éfavorável a atividades relacionadas ao conceito — 59,3% do público gosta da ideia de ter eventos sociais dentro dos jogos, como assistir a filmes dentro de um jogo, enquanto 51,7% simpatizam com marcas que aparecem dentro dos jogos.
Também já existem experiências que reproduzem o conceito de metaverso no Brasil. Na Páscoa, o site da Lacta foi reformulado para permitir uma experiência de compra em realidade virtual. Chamada de Loja 360°, ela ofereceu uma experiência única de navegação, que permite às pessoas ingressarem no universo da marca entrando em contato com todo o portfólio de Lacta e lançamentos dentro de um espaço online interativo, como se estivessem de fato em uma loja física. O ambiente digital foi renovado para a Páscoa, dando destaque aos ovos, claro.
A empresa já tinha feito algo parecido no Natal de 2021, rendendo uma conversão seis vezes maior do que e-commerce tradicional.
Outras companhias, dentro e fora do Brasil, já estão lançando produtos no metaverso, ou seja, produtos que permitem uma interação com a realidade virtual, tais como: Nike, Itaú, Lojas Renner, Ralph Lauren etc. A vantagem da tecnologia metaverso, além de ser uma grande inovação, é a possibilidade de criar experiências de forma natural entre as pessoas que não estão fisicamente juntas.