Maioria dos brasileiros acredita que economia do país vai melhorar, diz pesquisa

Maioria dos brasileiros acredita que economia do país vai melhorar, diz pesquisa

Percepção de que economia vai melhorar é maior na região Nordeste, reduto eleitoral do presidente Lula

A maioria da população brasileira acredita que a economia do país vai melhorar no decorrer dos próximos seis meses. É o que revela uma nova pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira: Economia e População”, divulgada nesta terça-feira (24), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O levantamento mostra que 53% dos brasileiros estão confiantes na melhora, enquanto 22% dos brasileiros apostam que a situação econômica vai piorar nos próximos seis meses. Para 21% tudo deve permanecer da maneira como está agora.

Para 45% dos brasileiros, a situação econômica do país está melhor hoje do que há seis meses. Entre eles, 13% disseram que a economia melhorou muito, e 32% disseram que a situação melhorou um pouco em comparação com o semestre passado.

A pesquisa em questão foi subdividida em diversos pontos, como a percepção dos brasileiros sobre temas como evolução dos preços, taxa de juros, desemprego e níveis de pobreza no país. Os resultados detalhados podem ser vistos abaixo.

Como o brasileiro enxerga a economia

  • Por região

Um dado importante a se analisar nesta pesquisa, é que a percepção sobre a melhora da economia é diferente em regiões diferentes. O maior grau de otimismo está no Nordeste, região em que 32% da população considera que o desempenho atual da economia é bom ou ótimo. Já a pior percepção vem do sul, onde apenas 18% da população enxergam o desempenho da economia como bom ou ótimo.

Coincidência ou não, o Nordeste foi a única das cinco regiões do país onde o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu as eleições do ano passado. Trata-se de um dos redutos políticos do partido.

  • Preços dos produtos

Quando se analisa apenas a percepção sobre os preços dos produtos, a maioria acredita que houve um aumento nos valores cobrados. Para 49%, os preços cresceram, outros 32% avaliam que houve um recuo, enquanto cerca de 18% responderam que a situação é basicamente a mesma em comparação com seis meses atrás.

Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que os preços da maioria dos alimentos voltou a subir neste mês de outubro, mas o patamar atual segue distante da explosão dos preços que se registrou há um ano. Na comparação com os últimos 12 meses, apenas açúcar e arroz estão em um cenário de aceleração.

Maioria dos brasileiros acredita que economia do país vai melhorar, diz pesquisa
maioria acredita que preços dos produtos subiu. Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil
  • Taxas de juros

Quando o assunto é taxa de juros, a maioria acredita que a situação não é boa. Para 48% dos entrevistados, as taxas tiveram um impacto negativo sobre as suas compras ou dívidas. Apenas 9% disseram que houve uma redução. Para 39%, os juros de financiamento devem subir nos próximos meses e 24% apostam que eles devem cair.

Atualmente a taxa básica de juros está na casa dos 12,75% ao ano. Trata-se de um dos patamares mais altos do mundo. De todo modo, o Banco Central (BC) vem aplicando reduções em sequência. No mês passado, por exemplo, a Selic estava em 13,25% ao ano. Novas quedas devem ocorrer até o final de 2023. Ao menos esta é a expectativa do BC.

  • Desemprego

Para 33% dos entrevistados, a situação do desemprego piorou nos últimos seis meses. Ao mesmo passo, 41% dos cidadãos disseram que a situação permanece igual, e 22% dizem que o desemprego diminuiu em relação ao que se registrou nos últimos seis meses.

A verdade é que o índice de desemprego caiu, segundo dados mais recentes do IBGE. De acordo com o levantamento mais recente, a taxa ficou em 7,8% no trimestre móvel terminado no mês de agosto.

Com estes resultados, é possível afirmar que o número absoluto de desocupados teve baixa de 5,9% contra o trimestre anterior, chegando a 8,4 milhões de pessoas. Atualmente, o Brasil tem o menor número de desocupados desde o trimestre móvel encerrado em julho de 2015, ainda de acordo com o IBGE. 

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