O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez o lançamento nesta sexta-feira (11/08) do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de 2023. Todavia, ele diz que pode considerar esse o início de seu terceiro mandato e que não irá deixar uma austeridade fiscal quase obsessiva interromper os projetos do Governo Federal.
Lula em seu discurso de lançamento do novo programa, disse que, “Assumimos o compromisso moral neste novo PAC de retomar a construção de milhares de obras, não deixar mais que a falta de gestão ou a austeridade fiscal quase obsessiva interrompam pela metade os anseios mais justos da nossa população“.
Analogamente, o lançamento do novo PAC do Governo Federal foi realizado na cidade do Rio de Janeiro. O novo programa do Palácio do Planalto deve ter um investimento total de R$1,68 trilhão nos próximos anos. Lula disse que sua equipe, em um primeiro momento, buscou reparar os “erros” do governo passado.
Portanto, o presidente diz que seu governo começa agora, segundo Lula, “Ministro vai ter que parar de ter ideia. Ministro vai ter que trabalhar muito para que a gente possa executar esse PAC“. Ele ainda afirmou que outros projetos vindouros poderão participar do programa, e que pode aumentar os investimentos para R$2 trilhões.
Lançamento do novo PAC do Governo Federal
A princípio, a cerimônia de lançamento do novo PAC do Governo Federal teve a presença de 20 governadores, além de um grande número de ministros. Lula neste momento acabou criticando as vaias que o público presente deu para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e a Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro.
Tanto o governador quanto o presidente da Câmara são adversários políticos do presidente, porém, ele defendeu uma maior civilidade nesta situação, dizendo que eles são seus convidados. Lula se dirigiu aos empresários brasileiros e disse que o Governo Federal deve atuar junto a categoria, direcionando a eles, grandes investimentos.
Em seu discurso de lançamento do PAC, o presidente afirmou que “o Estado vai voltar a ser um Estado empresarial. Os empresários não tenham medo disso. A gente não quer um Estado empresário. A gente quer um Estado indutor. Um Estado capaz de promover o debate e de dizer onde que as coisas devem ser feitas“.
Para Lula, é necessário que haja um certo equilíbrio nas avaliações sobre o Estado e o setor empresarial brasileiro, que nem o governo não sabe nada e que nem a iniciativa privada sabe tudo. Aliás, o presidente em seu discurso também tratou de um tema que vem sendo notícia já a algum tempo, a degradação ecológica.
Governo aposta na sustentabilidade
Em suma, Lula tratou das medidas incluídas em seu PAC que buscam combater essa degradação ecológica. Ele afirmou que não existe uma maneira de pensar o desenvolvimento econômico do país, de geração de riqueza, sem considerar uma forma verde e sustentável de atuação do Governo Federal neste sentido.
O presidente disse que houve uma certa rigidez relacionada ao meio ambiente, na seleção de grandes obras que farão parte do novo PAC. Ele afirmou que o Governo Federal será bastante crítico em suas análises relacionadas ao licenciamento ambiental. Portanto, o meio ambiente fará parte da agenda governamental.
Investimentos de países estrangeiros
Durante o discurso de lançamento do novo PAC, Lula falou que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), irá fazer diversas viagens internacionais em busca de investimentos estrangeiros para o país. Ele afirmou que diversas nações possuem o interesse de investir no Brasil, e citou a China e os Estados Unidos.
Nesse sentido, Geraldo Alckmin deve conversar com os presidentes desses dois países. O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), durante o lançamento do programa, falou que o novo PAC é diferente de outras versões, já que aposta na parceria com o setor empresarial, através de concessões público-privadas.
Em conclusão, para o ministro, o PAC aposta e acredita no Estado, como ente que deverá promover, estimular e apoiar essa parceria público privada. Ele disse que essa é uma opção prioritária para o Governo Federal. O programa também buscará reduzir desigualdades, e custo de produção, desenvolvendo a economia.