Economia

Lockdown Brasil: veja o que defende parlamentares

O presidente do SenadoRodrigo Pacheco (DEM-MG), e o presidente da CâmaraArthur Lira (PP-AL), são contras um lockdown no Brasil. Os dois defenderam, nesta segunda-feira (15) que sejam adotadas medidas restritivas, mas criticaram um lockdown geral.

Muitos governadores e prefeitos já têm adotado medidas restritivas, limitando abertura de comércio e impondo também toque de recolher. O que vai contra aos ideais do presidente Jair Bolsonaro, que tem criticado medidas como o lockdown no Brasil afirmando que o impacto na economia é negativo.

As declarações de Pacheco e Lira foram dadas em um encontro virtual promovido pelos jornais “O Globo” e “Valor Econômico”. Ambos os parlamentares defenderam ao invés do lockdown no Brasil, que cada município e estado tenha ações pensadas de acordo com a realidade da pandemia local.

Mesmo destacando a saúde como principal, eles acreditam que pensar no aspecto de empregos é importante.

“Eu considero que temos que buscar uma solução racional. Não me parece racional lockdown absoluto no país nesse momento. Assim como não se pode negar gravidade da pandemia, a necessidade da tomada de decisões. Caso a caso, a depender do município, do estado, que se possa evitar aquilo que se tem que combater desde o início, as aglomerações”, defendeu Pacheco no evento.

Ele ainda destacou que o “fechamento absoluto” não é “razoável”. “A essa altura, depois de um ano de pandemia, cada brasileiro sabe o que precisa ser feito: lavar as mãos, usar máscara. Mas impor a restaurantes, shoppings, comércios que têm assimilado o que precisa ser feito, o fechamento absoluto não me parece razoável”, disse.

Ao invés de lockdown no Brasil, Pacheco propõe combate às aglomerações

Para Pacheco seria viável, na realidade, “combater aglomerações em locais públicos, fechados, festas clandestinas”. “Aglomerações dispensáveis, que revelam pouca civilidade das pessoas”, defendeu.

Pacheco acredita no “caminho do meio;  “Fechar tudo sem critério é arruinar perspectiva de economia do Brasil”. “Caminho do meio é perfeitamente possível de ser concretizado”. acrescentou.

Já Lira disse que todos os extremos seriam inviáveis e avaliação local. “Você fazer o lockdown geral – já rebatia isso lá atrás, desde a época do ministro [da Saúde Henrique] Mandetta se falava no ‘fica em casa’ absolutamente igual para todas as regiões – e também descartar o lockdown de uma medida mais restritiva numa região que esteja passando por um momento de mais dificuldade também não é conveniente”.

Ele ainda defendeu a vacinação. “Não podemos renegar que a economia precisa se movimentar, mas nada mais importante do que a saúde e a vacinação”, disse.