Publicada pela primeira vez em 1972, a obra “O Seminarista”, do escritor brasileiro Bernardo Guimarães, é uma das mais importantes da literatura produzida no período do Romantismo Brasileiro. Apesar de não ser a primeira obra escrita por Bernardo Guimarães, “O Seminarista” foi o romance que deu popularidade ao autor.
Ambientado em Minas Gerais, estado natal do autor, o enredo do romance tem como personagem principal Eugênio. Filho de ricos fazendeiros, Eugênio passa a sua infância ao lado de Margarida, filha de uma agregada da fazenda dos pais. Durante o crescimento dos dois jovens surge um sentimento romântico.
O pai de Eugênio, que era contra a união dos dois jovens, o envia para um seminário, traçando, assim, uma carreira eclesiática para o rapaz. No entanto, Eugênio não consegue esquecer o afeto que tem por Margarida. O jovem só decide seguir a vida de padre após receber dos pais e dos padres do seminário a falsa notícia de que Margarida havia se casado.
Anos depois, após Eugênio se tornar padre, ele é chamado para prestar socorro a uma jovem adoecida. O personagem principal se depara com Margarida, seu amor juvenil, que havia sido expulsa da fazenda e não havia se casado como foi dito pelos padres e pelos pais de Eugênio.
A partir daí, o autor aborda de forma melodramática e com tom pastoril o romance “impossível” de Margarida e Eugênio, que já havia se comprometido com o celibato.
Diante desse enredo, os críticos literários afirmam que Bernardo Guimarães escreveu um típico romance de tese, no qual o autor apresenta uma ideia e a defende através do desenrolar da história. Nesse sentido, a tese seria que o celibato religioso forçado é um equívoco. Além disso, a obra critica o autoritarismo familiar, que acaba arruinando a vida do personagem principal, já que ele enlouquece após a morte de Margarida.
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