Língua Portuguesa: 5 dicas para não errar mais no uso da Crase
O uso da crase gera dúvida em muita gente. Além disso, é um tópico da língua portuguesa que sempre se faz presente em provas de concursos públicos. Mesmo sendo recorrentes, tais questões ainda têm grande índice de erro por parte do candidatos. No entanto, com algumas dicas simples é possível evitar errar o uso do acento grave ( ` ) que indica a crase.
Em primeiro lugar, é fundamental lembrar que a crase é a fusão do artigo feminino a com a preposição a, desse modo, o sinal grave deve ser usado quando há a presença de ambos os elementos. Outro ponto muito relevante para entender o uso da crase é a transitividade do verbo, pois, em alguns casos, o uso da crase indica que um verbo é intransitivo, regido pela preposição a.
Exemplos:
Mário deu flores à namorada.
João foi à praia com toda a família.
A partir disso, determinados contextos não aceitam crase, em outros, o uso é opcional e há aqueles em que o uso é obrigatório.
5 dicas abaixo para não errar mais ao empregar o sinal
1. Não há crase antes de substantivo masculino
Em primeiro lugar apresentamos uma dica que parece óbvia, mas necessária. Um dos erros mais graves no uso da crase é colocá-la antes de substantivos masculinos. Tendo em vista que ela sinaliza a contração da preposição com o artigo feminino, não deve aparece antes de substantivo masculino, pois a contração da preposição com o artigo masculino é ao: Vou ao shopping hoje a pé.
2. Não há crase diante de verbos
Os verbos, diferentemente dos substantivos, não admitem artigos. Desse modo, não se deve usar a crase antes de verbo, já que, como no caso da dica anterior, não há necessidade do artigo feminino.
3. A crase deve ser usada na indicação das horas
O sinal não deve ser usado diante de numerais, exceto quando indica horas. Nesse sentido, sempre que houver uma locução indicativa de hora, é preciso indicar a contração, como no seguinte exemplo: O show começa às oito da noite.
4. O uso é facultativo diante dos pronomes de tratamento
Já diante de pronomes de tratamento como “senhora”, “senhorita” e “madame” a convenção indica que o uso é de caráter facultativo. Assim, cada um pode escolher como escrever, pois a crase pode estar presente ou não. Nesse sentido, ambas as formas são aceitas: “paguei à senhorita” e “paguei a senhorita“.
5. Não há crase diante diante de pronomes pessoais
Por fim, não se deve usar crase diante de pronomes pessoais como “ela”, “sua”, “minha” etc. Nesse sentido, o correto é escrever: Dei tudo o que tinha a ela.
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